O avô fundou o IPO de Lisboa, o pai e o irmão eram médicos – mas a Medicina nunca foi uma certeza. Criou o primeiro serviço de Pediatria Oncológica, separou sete pares de gémeos siameses e foi aos Jogos Olímpicos, em 1960.
São 95 anos acabados de fazer – celebrou-os no passado 10 de julho com a família quase toda, num jantar em Monsanto, em Lisboa. Tem 8 filhos, 27 netos e 7 bisnetos, mas alguns estão emigrados. António Gentil Martins até pode estar mais debilitado fisicamente. Caiu quatro vezes nos últimos tempos, recentemente até esteve internado – partiu o cóccix –, mas continua igual a si próprio. Antes de iniciar a conversa com a SÁBADO, perguntámos-lhe se o incomodava dar entrevistas. Resposta: “Sem ofensa, estou-me nas tintas. Limito-me a dizer o que penso. É uma coisa que eu sempre fiz. Se não gostam, paciência”. Todo vestido de branco, com calças e camisa idênticas à farda de médico, e gravata preta – de luto pela mulher, que morreu no ano passado –, o antigo cirurgião pediátrico que trabalhou até aos 88 anos recorda o seu percurso, sem se perder. Agora só tem uma preocupação: quer deixar a casa arrumada antes de se ir embora. É por aí que a conversa começa.
António Gentil Martins: “Dormia sempre com o telefone na cabeceira. O doente está à frente de tudo”
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E essa gente está carregada de ódio, rancor e desejos de vingança, e não esquecem nem perdoam o medo e a humilhação que aqueles seus familiares (e, em alguns casos, eles próprios, apesar de serem, nessa altura, ainda muito jovens).
A evolução das políticas públicas de energia e ambiente, desde a década de 70, tem sido positiva, especialmente no domínio da agenda e formulação de políticas, atravessando governos diversos, embora muito por efeito da nossa integração europeia.
Cenas de mau-gosto como equiparar fascismo e comunismo, sistemas ditatoriais aspirando a dominação totalitária, «não se faziam em jantares de esquerda»
Importa recordar que os impostos são essenciais ao funcionamento do Estado e à prossecução do interesse público, constituindo o pilar do financiamento dos serviços públicos, da justiça social e da coesão nacional.