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Restos mortais de militar que morreu em 1963 chegam agora a Tondela

05 de dezembro de 2017 às 17:11

O pára-quedista morreu em Angola durante a Guerra do Ultramar. ntónio da Conceição Lopes da Silva volta a casa 54 anos depois de ter morrido.

Os restos mortais de um soldado pára-quedista português que foi abatido em Angola, na Guerra do Ultramar, em 1963, chegam na quarta-feira à tarde à sua terra natal, Lobão da Beira, no concelho de Tondela.

A transladação dos restos mortais de António da Conceição Lopes da Silva - morto em combate na zona do Úcua, a 3 de Outubro de 1963 - foi tratada pela União Portuguesa de Pára-quedistas, em colaboração com a Força Aérea Portuguesa e o Regimento de Pára-quedistas da Brigada de Reacção Rápida, do Exército Português.

Segundo a União Portuguesa de Pára-quedistas, após cerimónias religiosas na igreja da Força Aérea Portuguesa, em Lisboa, e no Regimento de Pára-quedistas, em Tancos, os restos mortais seguem em direcção a Lobão da Beira, onde está previsto chegarem às 15h30.

De acordo com fonte familiar, os restos mortais do soldado pára-quedistas regressaram a Portugal na semana passada, graças "à obstinação de mais de 50 anos da sua filha, Ernestina Silva, natural de Seixo da Beira, concelho de Oliveira do Hospital, mas a residir há vários anos nos Estados Unidos".

"António Silva pertencia a uma família de nove irmãos que, na altura, não detinha posses suficientes para transladar o corpo para Portugal, acabando por ser sepultado em Angola", explica, acrescentando que a sua campa foi "relegada quase ao esquecimento, muito por culpa da distância".

A mesma fonte refere que "foi apenas há alguns meses, e depois de muitos anos de especulação, graças às redes sociais e a uma estreita colaboração com algumas instâncias militares, que a sua filha conseguiu localizar o local onde estavam depositados" os restos mortais e assim "dar seguimento ao processo de transladação".

"Para a família, bem como para os seus antigos companheiros de Ultramar e todos os militares de uma forma geral, este é um momento carregado de simbolismo, pois representa o regresso a casa do combatente que, cumprindo o seu dever, e após tantos anos, ainda que sem vida, regressa para junto dos seus", sublinha.

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