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Polícia do Dubai afasta qualquer "ato criminoso" na morte de Sindika Dokolo

01 de novembro de 2020 às 18:06

Sindika Dokolo praticava uma forma de mergulho, localmente conhecida como 'al-hivari', que não utiliza equipamento de respiração e assenta na utilização exclusiva do ar existente nos pulmões.

A polícia do Dubai declarou este domingo que não suspeita de qualquer "ato criminoso" na morte do empresário congolês Sindika Dokolo, marido de Isabel dos Santos, empresária e filha do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos.

Sindika Dokolo morreu na sexta-feira num acidente de mergulho no Dubai.

"Não suspeitamos de qualquer ato criminoso na morte do empresário Sindika Dokolo, de 48 anos, que se afogou quando fazia mergulho livre no norte da ilha de Deira", anunciou a polícia do emirado em comunicado.

As autoridades receberam, a 29 de outubro, "uma chamada de emergência" e equipas de salvamento marítimo foram "imediatamente enviadas", precisou o general de divisão Khaled Ibrahim al-Mansuri, comandante adjunto de investigação.

Sindika Dokolo praticava uma forma de mergulho, localmente conhecida como 'al-hivari', que não utiliza equipamento de respiração e assenta na utilização exclusiva do ar existente nos pulmões.

As declarações de amigos do empresário e o relatório médico-legal permitiram "concluir que não há suspeita de crime nesta morte", disse o general.

Sindika Dokolo nasceu em 1972 no antigo Zaire, atual República Democrática do Congo (RDCongo), filho do banqueiro Augustin Dokolo Sanu, e da sua segunda mulher, a dinamarquesa Hanne Taabbel.

Crítico dos quase 20 anos do regime do Presidente Joseph Kabila na RDC, Sindika Dokolo esteve cerca de cinco anos no exílio, devido aos processos movidos contra si em Kinshasa, regressando ao país em maio de 2019, meses depois da vitória presidencial do opositor Félix Tshisekedi, em dezembro de 2018.

Sindika Dokolo era casado desde 2002 com Isabel dos Santos, de quem teve quatro filhos.

O casal é suspeito de ter lesado o Estado angolano em milhões de dólares e foi alvo em dezembro de 2019 de arresto de bens e participações sociais em empresas, por determinação do Tribunal Provincial de Luanda.

Sindika Dokolo e Isabel dos Santos negam as acusações.

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