Mulher americana desaparecida há mais de 60 anos encontrada viva e bem de saúde

Audrey Backeberg, agora com 82 anos, saiu da sua casa em Reedsburg, Wisconsin a 7 de julho de 1962 para receber o seu salário, segundo o gabinete do xerife do condado de Sauk, mas nunca voltou. Na altura tinha apenas 20 anos.

Durante vários anos as autoridades tentaram seguir inúmeras pistas que levassem ao seu paradeiro. A babysitter de 14 anos chegou até a afirmar que Backeberg havia apanhado boleia até Madison, a capital de Wisconsin, e de seguida um autocarro até Indianápolis, no Indiana, sendo que a última vez que a viu foi ao virar da esquina da paragem de autocarro. Contudo, com o passar do tempo, o caso acabou arquivado.

O inesperado só se deu no início deste ano, quando um detetive decidiu reavaliar alguns casos arquivados, nomeadamente o de Audrey Backeberg. Foi ao analisar todos os arquivos e evidências sobre este caso e ao entrevistar várias testemunhas que acabou por chegar à mulher de 82 anos, que vive agora fora do estado de Wisconsin.

Em entrevista à WISN, citada pelo The Guardian, o detetive Isaac Hanson explicou que foi através de um site de registos genealógicos, que conseguiu encontrar uma irmã de Audrey.

"Foi fundamental para localizar registos de óbitos, relatórios de recenseamento, todo o tipo de dados. (...) Em última análise, encontrámos uma morada, por isso, liguei para o departamento do xerife local e disse: 'há uma senhora a viver nesta morada. Têm alguém que possa passar por cá?'. Dez minutos depois, ela ligou-me e falámos durante 45 minutos."

Sem adiantar muitos pormenores, o detetive revelou o motivo do seu desaparecimento. Ao que tudo indica, Audrey Backeberg partiu da sua própria vontade e o seu desaparecimento "não foi resultado de qualquer atividade criminosa".

"Acho que se foi embora e seguiu em frente, seguiu o seu próprio caminho e viveu a sua vida. Parecia feliz. Confiante na sua decisão, sem arrependimentos."

Sabe-se que Audrey Backeberg era casada e tinha dois filhos, mas que o seu casamento era bastante conturbado. Segundo a organização Wisconsin Missing Persons Advocacy, rumores apontam que a mulher já havia sofrido episódios de abuso e que dias antes do seu desaparecimento apresentou uma queixa criminal. No entanto, familiares defenderam, na altura, que ela nunca seria capaz de abandonar os filhos.

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