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Myanmar: religiosamente, a seu modo

Paula Alves Silva 05 de janeiro de 2020 às 07:00

Embarque numa viagem com mais de 50 horas em transportes públicos para percorrer três cidades da antiga Birmânia, parada algures no tempo, embalada entre a tradição e o desejo do novo e do ocidental

Após uma manhã tremendamente chuvosa em Yangon, a antiga capital de Myanmar, o céu abre e o sol queima a pele. Os monges vão-se aglomerando à volta de três enormes budas, com o suor a escorrer-lhes desde o crânio raspado, pela face até se alojar na kasaya, a veste tradicional. Têm os olhos fechados e das suas bocas saem inúmeros oms por entre um longo cântico enquanto os dedos sobre as pernas vão rodando o japamala (terço budista). As mãos juntam-se no peito, depois na testa, nos joelhos e no chão acompanhadas pela cabeça. Repetem-no três vezes em sinal de agradecimento.

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