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Crónicas

Sim, somos todos muito diferentes

Ricardo Santos
Ricardo Santos 22 de fevereiro de 2024 às 22:00

Deixei de fora mioleira, caracóis, túbaros e salada de orelha, não fosse ele pensar que somos selvagens.

Há uns bons anos, talvez 25, recebi em Portugal um amigo canadiano que tinha conhecido durante umas férias em Cuba. O Mark era ator, sofrera um acidente de viação e acabava de receber uma simpática indemnização pelo sucedido. Pegou no dinheiro e veio visitar a Europa, começando pelo nosso país. Esteve um par de semanas por cá e acabou por ter uma experiência de imersão na cultura local de que, provavelmente, não estaria à espera. Nem eu, mas que mudou a minha forma de ver as diferenças culturais.

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

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