As autoridades enfrentaram tumultos e saques de lojas de estrangeiros, acusados pela população de estarem envolvidos na morte de sete pessoas que foram mutiladas
A violência começou na segunda-feira nos bairros de lata de Zingalume e George, na capital Lusaca, na sequência do assassínio desde 16 de Março de pelo menos sete pessoas, cujos corpos foram encontrados sem algumas partes, como orelhas, corações ou órgãos sexuais.
"Até agora detivemos 211 suspeitos relacionados com os tumultos de ontem (segunda-feira) em Lusaca e 11 por suspeita de estarem envolvidos nos assassinatos rituais", disse o ministro dos Assuntos Internos, Davis Mwila, à agência France Presse.
Os tumultos alargaram-se depois a quase todos os bairros de lata de Lusaca, tendo um jornalista da AFP visto hoje de manhã centenas de residentes a apedrejarem casas e lojas de proprietários estrangeiros.
A Zâmbia acolhe 6.400 refugiados ruandeses e o líder da comunidade Frodouald Ntezimana disse que os seus compatriotas na capital tinham abandonado casas e lojas.
Alguns estrangeiros refugiaram-se em esquadras policiais.
"Por agora permitiremos que fiquem nas várias esquadras, mas destacámos polícia para os diferentes bairros para dominar a situação", disse Mwila.
Os protestos obrigaram o ministro a dirigir-se à nação na televisão estatal na noite de segunda-feira e a apelar à calma.
Mwila atribuiu os ataques xenófobos a falsas alegações de que um suspeito dos crimes rituais de nacionalidade estrangeira tinha sido libertado pela polícia.
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