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"São as mulheres, a par dos menos escolarizados e com menores rendimentos, que mais evitam notícias". aponta relatório Reuters Digital News Report 2024.
Os portugueses estão mais preocupados com a desinformação na Internet do que a média global dos países analisados no relatório Reuters Digital News Report 2024, hoje divulgado, e saturados das notícias, sobretudo as mulheres.
O Reuters Digital News Report 2024 (Reuters DNR 2024) é o 13.º relatório anual do Reuters Institute for the Study of Journalism (RISJ) e o 10.º a contar com informação sobre Portugal. Em 2024 participaram 47 mercados de notícias, Portugal incluído.
Enquanto parceiro estratégico, o OberCom -- Observatório da Comunicação colaborou com o RISJ na conceção do questionário para Portugal, bem como na análise e interpretação final dos dados.
"Os portugueses mostram-se mais preocupados com o que é real ou falso na Internet (72%) que a média global dos países analisados (59%), embora a tendência deste indicador seja de crescimento em ambos os casos", refere o estudo, adiantando que "a par desta preocupação, o número de respondentes que afirma ter encontrado conteúdos informativos falsos ou imprecisos sobre qualquer um dos temas com que foram confrontados também aumentou a nível nacional e global".
Em termos globais, a preocupação com o que é real e falso 'online' aumentou três pontos percentuais este ano face a 2023.
A saturação com notícias aumentou este ano nove pontos percentuais face a 2023, com mais de metade dos portugueses (51%) a concordarem ou concordarem plenamente "que estão saturados com a quantidade de notícias na atualidade".
Estes dados estão em linha "com o evitar ativo de notícias, cuja frequência aumentou em Portugal", refere o estudo.
"As mulheres são as que se declaram mais saturadas (58% concordam/concordam plenamente com a afirmação face a apenas 43% dos homens)", refere o estudo.
Os dados estão em linha "com o fenómeno do evitar ativo de notícias, cuja dimensão aumentou em Portugal (de 35%, em 2023, para 37% em 2024", à semelhança do que acontece em quase todos os países do centro e sul da Europa, em particular no Reino Unido (46%), Irlanda (44%) e França (39%).
"Também aqui são as mulheres, a par dos menos escolarizados e com menores rendimentos, que mais evitam notícias", lê-se no documento.
Em Portugal, o interesse pelas notícias "tem-se mantido relativamente estável, nos últimos três anos, com 51% dos respondentes a sublinhar o seu interesse por notícias, 10% a afirmar que não têm interesse e 36% a declarar interesse neutro", sendo que os mais interessados pelas notícias "são os mais velhos e os que declaram ter alguma orientação política".
De acordo com o estudo, "as notícias sobre política, temas locais e sobre saúde mental/'wellness' são as que motivam maior interesse e os temas noticiosos que menos geram interesse são o entretenimento e celebridades, 'lifestyle' ou cultura e humor".
O inquérito foi realizado em 47 mercados: Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Espanha, Portugal, Irlanda, Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Bélgica, Países Baixos, Suíça, Áustria, Hungria, Eslováquia, República Checa, Polónia, Croácia, Roménia, Bulgária, Grécia, Turquia, Coreia do Sul, Japão, Hong Kong, Índia, Indonésia, Malásia, Filipinas, Taiwan, Tailândia, Singapura, Austrália, Canadá, Brasil, Argentina, Colômbia, Chile, Peru, México, Marrocos, Nigéria, Quénia e África do Sul.
O trabalho de campo foi realizado no final de janeiro/início de fevereiro.
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