A 17.ª edição do festival DocLisboa foi a última sob a direção de Cíntia Gil e de David Oberto.
Os programadores Joana Gusmão, Joana Sousa e Miguel Ribeiro, membros da equipa do DocLisboa, constituem a nova direção do Festival Internacional de Cinema documental, sucedendo a Cíntia Gil e David Oberto, anunciou esta noite a organização.
A 17.ª edição do festival DocLisboa, que encerra hoje, foi a última sob a direção de Cíntia Gil e de David Oberto. Gil assumirá em novembro a direção do festival Sheffield Doc/Fest, no Reino Unido, e Oberto vai dedicar-se em exclusivo à produção do Festival de Cinema de Turim, em Itália.
No sábado à noite, após o anúncio dos vencedores do festival, foram igualmente conhecidos os elementos da nova direção: Joana Gusmão, Joana Sousa e Miguel Ribeiro, três nomes que vêm dos quadros do DocLisboa, com formação de base em áreas de Cinema, Comunicação, Línguas e Literatura.
Joana Gusmão, produtora, faz parte da equipa do DocLisboa desde 2014. É directora executiva e programadora da secção Verdes Anos desde 2016.
Joana de Sousa, realizadora e curadora, é coordenadora de programação e programadora do DocLisboa, ao qual está associada desde 2015.
Miguel Ribeiro é, desde 2012, programador e coordenador de programação do festival, e membro da direção da Apordoc - Associação pelo Documentário, organizadora do festival, entre outras iniciativas ligadas ao cinema documental.
Em vésperas de abertura do DocLisboa, a diretora Cíntia Gil disse à Lusa que a nova direção ficará com "um festival muito aberto a ideias e à experimentação".
"Eu diria que constrangimentos há poucos do ponto de vista artístico. Fica um festival muito definido naquilo que é o seu lugar político. É um festival que defende o cinema livre, que defende os realizadores e os produtores, que acredita que não há filmes que não possam ser mostrados às pessoas, contra qualquer tipo de censura", disse então Cíntia Gil, que dirigiu oito edições do DocLisboa.
A 17.ª edição do DocLisboa teve início no passado dia 17 e encerra hoje com a exibição de filmes como "Cão", da brasileira Camila Freitas, numa perspetiva atual do Movimento dos Sem Terra, "Sophia", documentário recém-terminado de Manuel Mozos, para o centenário da autora de "A Menina do Mar", e "Suzanne Daveau", perspetiva sobre a investigadora e "mulher aventureira", que atravessa o século XX português, dirigida por Luísa Homem.
Serão também exibidos os últimos filmes da retrospetiva dedicada à realizadora libanesa Jocelyne Saab, que, com a sua obra, estabeleceu um "mapa cinematográfico que se torna geográfico, orientado para o Mediterrâneo, mas também para Leste, para o Médio Oriente, até chegar ao Extremo Oriente, não deixando esquecer a localização asiática daquele Líbano cosmopolita e aberto que a guerra civil tentou fechar, num multiplicar de muros".
As sessões do DocLisboa têm lugar na Culturgest, no Cinema São Jorge e no Cinema Ideal, em Lisboa.
Os filmes "Santikhiri", do tailandês Thunska Pansittivorakul, e "Viveiro", do português Pedro Filipe Marques, venceram os principais prémios desta edição do festival.
"Santikhiri/Sonata" venceu o Grande Prémio da Competição Internacional e "Viveiro" conquistou o Prémio DocLisboa para Melhor Filme da Competição portuguesa.
O Prémio do Público foi para o documentário "Zé Pedro Rock'n'Roll", sobre o guitarrista dos Xutos & Pontapés, dirigido por Diogo Varela Silva.
Nova direção do DocLisboa constituída por programadores do festival
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