NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
"Essa reparação é importante porque engrandece um povo, principalmente diante das suas novas gerações", considerou Margareth Menezes.
A ministra da Cultura do Brasil disse à Lusa, na terça-feira, que "não há como negar a necessidade de uma reparação" de Portugal pelo período colonial.
REUTERS/Ueslei Marcelino
Ao ser questionada sobre o debate levantado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a necessidade de reparações portuguesas, Margareth Menezes considerou que "as ações estão registadas na história" e por isso "não há como negar a necessidade de uma reparação".
À margem da inauguração da exposição "Arte no Jardim", na Embaixada de Portugal em Brasília, para assinalar os 50 anos do 25 de Abril, a responsável brasileira considerou que tal ação por parte das autoridades portuguesas seria "uma ação de força, de coragem e de exemplo para as novas gerações".
"Aqui também, no Brasil, o Presidente Lula tem falado dessa questão, de reparação, de reconhecimento, ao que foi feito ao povo afro-brasileiro, às pessoas negras que vieram escravizadas para cá, também em relação aos povos indígenas", afirmou.
Margareth Menezes disse ainda ter ficado muito feliz quando ouviu as "declarações corajosas" de Marcelo Rebelo de Sousa: "Essa reparação é importante porque engrandece um povo, principalmente diante das suas novas gerações".
Em causa estão declarações feitas a 23 de abril, durante um jantar com correspondentes estrangeiros em Portugal, Marcelo afirmou que o país deveria "assumir a responsabilidade total" pelo que fez no período colonial e "pagar os custos", desencadeando reações diversas tanto nos partidos portugueses, como nas antigas colónias.
Mais tarde, o Governo português vincou que "não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas com o propósito" de reparação pelo passado colonial português e defendeu que se pautará "pela mesma linha" de executivos anteriores.
A ministra da Cultura brasileira participou, na Embaixada de Portugal em Brasília, na inauguração da exposição "Arte no Jardim", que apresenta 11 obras de artistas portugueses e brasileiros, no qual se pretende explorar questões e valores associados ao 25 de Abril.
"Sabemos que o exercício pleno da cidadania, da defesa da cultura, da arte perpassa a defesa da democracia. Sem cultura não há democracia e não há democracia sem cultura", afirmou, no discurso, a ministra brasileira, lembrando como a imagem dos cravos dentro das armas marcou a sua infância.
Por outro lado, o embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, ao dar início ao lançamento da exposição que celebra o 25 de Abril, frisou que foi a revolução portuguesa que "desencadearia a chamada terceira vaga das revoluções democráticas".
"A democracia não é um dado adquirido, o populismo e diversas formas de reação antidemocrática ensombram o horizonte", avisou o embaixador português.
Luísa Cunha, Paula Rego, Márcio Carvalho, Pedro Barateiro, Fernanda Fragateiro, Rui Chafes e Ana Vidigal são os artistas portugueses patentes nesta exposição, que conta ainda com a presença dos brasileiros Cecília Mori, Flávio Cerqueira e Paulo de Paula e José Maria Martinez Zaragoza, espanhol radicado no Brasil. REUTERS/Ueslei Marcelino
A noite na embaixada em Brasília foi ainda marcada pela celebração do Dia da Língua Portuguesa, oficialmente assinalado no domingo, num evento que contou ainda com a participação do músico Dino d'Santiago.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.