Discurso na tomada de posse será "o momento adequado para falar dos desafios do novo Governo", afirmou Presidente da República.
O Presidente da República considerou hoje que nas legislativas de 30 de janeiro, que o PS venceu com maioria absoluta, o povo português deu "uma resposta" à crise política de 2021 e "houve um virar de página".
Em declarações aos jornalistas no Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa realçou, contudo, que "há desafios" a enfrentar neste "novo tempo", sobre os quais prometeu falar na quarta-feira, na cerimónia de posse do novo Governo chefiado por António Costa.
"Reservo-me para o discurso de tomada de posse", afirmou o chefe de Estado. "Penso que esse é o momento adequado para falar dos desafios do novo Governo", acrescentou, tendo ao seu lado a Presidente da República Helénica, Katerina Sakellaropoulou, que hoje recebeu no início da sua visita de Estado a Portugal.
Sobre o atual quadro político nacional, resultante das legislativas de 30 de janeiro, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que "a crise política vivida inesperadamente no momento da rejeição do Orçamento do Estado", em outubro do ano passado, que o levou a dissolver o parlamento e antecipar eleições, "teve uma resposta do povo português" e que "nesse sentido, se virou uma página".
"Está virada a página, agora passamos para a página seguinte. A página foi virada, por uma coincidência que era inimaginável na altura, em vésperas da crise política internacional", prosseguiu, referindo-se à invasão russa da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro.
O Presidente da República reiterou que na política interna "houve um virar de página", mas realçou que, "no novo tempo, além de heranças do antigo tempo" -- a pandemia de covid-19 "a converter-se em endemia" e a guerra na Ucrânia -- "depois, há desafios".
"Mas esses serão tema de depois de amanhã [quarta-feira], e não de hoje", concluiu.
Na terça-feira, 29 de março, terá início a XV Legislatura, quase dois meses depois das legislativas de 30 de janeiro, que o PS venceu com maioria absoluta. O processo foi mais demorado devido à repetição de eleições no círculo da Europa, determinada pelo Tribunal Constitucional por terem sido misturados votos válidos com votos nulos em 151 mesas de voto.
Segundo o mapa oficial da Comissão Nacional de Eleições (CNE) publicado em Diário da República no sábado, 26 de março, o PS venceu as legislativas de 30 de janeiro com 2.302.601 votos, 41,38% do total, e elegeu 120 dos 230 deputados.
O PSD ficou em segundo lugar, com 77 eleitos, e o Chega conseguiu a terceira maior bancada, com 12 deputados, seguindo-se a Iniciativa Liberal, com 8, o PCP, com seis, o BE, com cinco, o PAN, com um, e o Livre, também com um.
Marcelo fala em "virar de página" mas realça que "há desafios" a enfrentar
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.