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Luís Bernardo critica especulações "absurdas e fantasiosas" sobre investigação da PJ

"O que se passou hoje foi uma diligência de recolha de informação, normal no âmbito de uma investigação judicial", afirmou o CEO da Wonderlevel Partners.

O CEO da Wonderlevel Partners (WL Partners), Luís Bernardo, desvalorizou hoje a operação "Concerto" desencadeada pela Polícia Judiciária (PJ), na qual é um dos visados por suspeitas de corrupção e viciação de regras de contratação pública.

Miguel Barreira 

"O que se passou hoje foi uma diligência de recolha de informação, normal no âmbito de uma investigação judicial que abrange diversas entidades públicas e privadas. Muitas delas nem sequer estão relacionadas com a minha atividade profissional ou da empresa que lidero", referiu o administrador executivo da WL Partners, numa reação oficial enviada à Lusa.

Luís Bernardo, que foi também assessor do ex-primeiro-ministro José Sócrates e antigo diretor de comunicação do Benfica, assumiu-se também surpreendido pelo tratamento do caso por alguns órgãos de comunicação social e garantiu a sua disponibilidade para colaborar com a investigação.

"Foi com total estupefação e surpresa que ouvi um conjunto de especulações, absurdas e fantasiosas, em alguns órgãos de comunicação social, que só podem resultar de motivações que não sejam a de informar", observou, confirmando que não foi constituído arguido neste inquérito: "Termino o dia na mesma situação em que o comecei e continuo totalmente disponível para colaborar com as autoridades".

A operação denominada "Concerto", coordenada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), contou com a participação de cerca de 150 elementos da PJ, além de oito procuradores do Ministério Público, num inquérito titulado pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

Além de Luís Bernardo, a investigação visa também o responsável da empresa de assessoria First Five Consulting, num total de seis visados, mas, segundo uma fonte judicial indicou à Lusa, ainda não foram constituídos arguidos.

A mesma fonte assegurou não haver neste momento uma estimativa do número de contratos com entidades públicas sob suspeita ou dos valores nos quais o erário público terá sido prejudicado.

"No âmbito de inquérito dirigido pelo DCIAP, investigam-se factos suscetíveis de enquadrar a prática dos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, prevaricação, participação económica em negócio, abuso de poderes (titulares de cargos políticos) e abuso de poder (regime geral)", referiu igualmente o órgão de polícia criminal na nota divulgada.

Entretanto, também a Procuradoria-Geral da República divulgou uma nota no seu 'site' sobre esta operação, acrescentando que os factos sob investigação terão ocorrido entre 2020 e 2024 e detalhando alguns dos locais que foram alvo dos 34 mandados de buscas, como uma universidade, municípios, uma freguesia de Lisboa, serviços municipalizados, empresas municipais e a secretaria-geral do Ministério da Administração Interna.

O MP adiantou ainda que as empresas de assessoria de comunicação sob suspeita terão criado um "esquema concertado que passava pela apresentação de propostas em concursos públicos, criando falsamente um cenário de aparente concorrência e legalidade, mas tendo em vista garantir, à partida, quais seriam as vencedoras das adjudicações" dos contratos.

O inquérito está sujeito a segredo de justiça.

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