Sábado – Pense por si

Jovem de 18 anos acusado de terrorismo na Austrália

A polícia australiana acusou hoje um jovem de 18 anos de planear atentados terroristas no país. As autoridades garantem ter evitado já nove ataques

O acusado, identificado como Tamim Khaja, será presente quarta-feira ao juiz, no centro da maior cidade australiana, de acordo com a rádio local ABC, citada pela agência espanhola Efe.

O advogado do jovem, Osman Samin, fez saber que oportunamente irá solicitar a liberdade sob fiança.

Neil Gaughan, subcomissário da polícia, explicou em conferência de imprensa que o jovem se preparava para adquirir uma arma de fogo e estabelecer objectivos em Sydney.

O mesmo oficial da polícia acrescentou que o jovem começou por tentar sair da Austrália e, quando não pode fazê-lo, começou a planear um atentado por sua conta, sem a colaboração de terceiros.

A Austrália registou nos últimos anos um aumento do número de adolescentes e jovens seduzidos por movimentos extremistas islâmicos, que se envolveram em atentados em solo australiano ou que tentaram sair do país para combater no Médio Oriente.

A subcomissária da polícia do estado de Nova Gales do Sul (no leste do país), Catherine Burn, sublinhou que foram prevenidos até à data nove atentados, incluindo este último.

Numa outra operação, os corpos de segurança do estado de Victoria (sudeste) detiveram na semana passada cinco pessoas quanto tentavam abandonar o país por via marítima para se juntarem ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na Síria.

Entre os detidos, acusados de se prepararem para entrar num país estrangeiro com a intenção de participar em actividades hostis, figura o pregador radical Musa Cerantonio.

As autoridades da Austrália calculam que há cerca de 200 cidadãos seus que apoiam activamente o EI em solo australiano, para além de outros 110 que se deslocaram para o Médio Oriente, dos quais quase meia centena já morreu em combate.

Urbanista

A repressão nunca é sustentável

Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.