"Embora não seja particularmente conhecida na China, não significa que não haja fãs chineses de literatura portuguesa", escreve Diário do Povo, comparando Lusíadas às obras de Shakespeare.
Um jornal oficial do Partido Comunista da China (PCC) publicou hoje uma reportagem sobre o ensino do português na China e literatura portuguesa traduzida para chinês, com destaque para Luís de Camões e Fernando Pessoa.
"Embora não seja particularmente conhecida na China, não significa que não haja fãs chineses de literatura portuguesa", escreve o Global Times, jornal de língua inglesa do grupo do Diário do Povo, o órgão central do PCC.
O jornal compara o "profundo impacto" de Os Lusíadas, em Portugal e na literatura portuguesa, com a importância do autor William Shakespeare no universo anglo-saxónico.
E destaca a popularidade de Fernando Pessoa: "outro nome que não pode ser evitado".
"O grande autor é um dos escritores portugueses mais populares na China", refere.
Foi só em 1999 que uma obra de Pessoa foi pela primeira vez publicada na China continental, mas o português é apreciado por vários escritores e artistas do país.
"Os chineses que verdadeiramente amam a literatura, gostam muito de Pessoa", revelou Cheng Yisheng, doutorado em literatura e professor na Universidade de Henan, em entrevista à agência Lusa.
Cheng, que publicou já vários poemas de Alberto Caeiro traduzidos a partir do inglês, lembrou que a obra de Pessoa "une a poesia e a reflexão, algo raro na poesia chinesa, que tende a ser mais emotiva ou narrativa".
"Ele faz uma análise muito acertada sobre como se sentem as pessoas em ambientes urbanos. É um poeta profundo, muito à frente do seu tempo e que compreende o homem moderno", contou.
Com uma pontuação de 9 pontos, numa escala de 0 a 10, no Douban, um portal chinês de crítica literária e cinematográfica, a obra mais popular de Pessoa é "O Livro do Desassossego", assinada pelo heterónimo Bernardo Soares, revela o Global Times.
O jornal destaca ainda a crescente oferta de cursos de língua portuguesa no continente chinês, onde 25 universidades incluem hoje licenciaturas em português.
Também vários eventos com artistas portugueses vão realizar-se ao longo de 2019 na China, incluindo festivais de cinema, literatura, teatro ou música, em paralelo com o ano da China em Portugal, num programa pensado pelos dois governos.
"A cultura é um instrumento fundamental para aproximar os povos, dialogar e criar emoções conjuntas", frisou à Lusa o embaixador português em Pequim, José Augusto Duarte.
"Este será um ano que reforçará em muito a visibilidade do grande talento dos portugueses junto da opinião publica chinesa", disse.
Este ano celebra-se o 40.º aniversário desde que Portugal e a República Popular da China estabeleceram relações diplomáticas, em 08 de fevereiro de 1979.
Jornal do Partido Comunista Chinês publica reportagem sobre língua e literatura portuguesas
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.