"Londres é um importante centro de empresas de investigações, de espionagem privada. Começou a emergir como um centro para esta indústria na década de 1990 com a chegada de oligarcas do leste da Europa Oriental e da Rússia", contou o jornalista e escritor norte-americano Barry Meier.
A indústria de agências de espionagem privadas multiplicou-se nos últimos anos, nomeadamente em Londres, disse o jornalista e escritor norte-americano Barry Meier, que escreveu sobre o tema no livroSpooked.
"Londres é um importante centro de empresas de investigações, de espionagem privada. Começou a emergir como um centro para esta indústria na década de 1990 com a chegada de oligarcas do leste da Europa Oriental e da Rússia", contou, num evento organizado pela Associação de Jornalistas Estrangeiros.
Porém, foi mais recentemente, em Nova Iorque, onde trabalhou para oNew York Times, que se interessou pelo assunto, nomeadamente após a divulgação de um dossiê explosivo sobre o então Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alegando cumplicidade com russos.
O autor foi Christopher Steele, o ex-espião do MI6, o serviço de informações britânico que atua no estrangeiro, e que esteve colocado em Moscovo no início dos anos 1990 e depois em França.
Meier recorda também as notícias de que o produtor de cinema Harvey Weinstein, acusado de assédio sexual, recorreu a uma destas empresas, a israelita Black Cube, para "desenterrar sujidade sobre as suas acusadoras femininas".
Esta mesma empresa foi recentemente usada pela empresária angolana Isabel dos Santos para recolher informação para um processo judicial, no qual alega que o Presidente angolano João Lourenço conspirou para lhe apreender os bens.
"Estes espiões de empresas, esses espiões de aluguer, que se movimentam nos bastidores, desempenhando vários papéis, seja investigando o passado das pessoas ou passando informação aos jornalistas para criar conflitos", afirmou Meier.
Segundo o jornalista, estas empresas estão a servir-se cada vez mais de novas tecnologias para recolher informação, criando perfis falsos de pessoas para credibilizar os seus agentes, estratégia que os serviços secretos nacionais também já usam.
"A maior parte das informações que hoje são recolhidas pelas agências de informação dos governos é feita eletronicamente, é feita digitalmente, ao contrário de ser feita com fontes humanas. É mais seguro, é mais rápido e é mais fácil", afirmou.
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