O salário mínimo português, em termos brutos, ultrapassou este ano o salário mínimo grego, mas deverá ser por pouco tempo. Até ao final do mês, o Governo grego e os parceiros sociais deverão acordar o aumento do salário mínimo grego que atualmente é de 586 euros brutos. Em Portugal, o salário mínimo bruto subiu para 600 euros no dia 1 de janeiro deste ano.
A prioridade de subir o salário mínimo na Grécia foi assumida este domingo, 6 de janeiro, pelo porta-voz do Governo, Dimitris Tzanakopoulos, em entrevista à Agência de Notícias de Atenas (ANA). Esse deverá ser o primeiro passo da atual coligação liderada pelo Syriza para aumentar o rendimento dos gregos, depois de em agosto do ano passado o país ter saído do programa de resgate.
O aumento é esperado desde setembro do ano passado, altura em que o Governo grego submeteu uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2019 (OE 2019) para acelerar a subida do salário mínimo. Essa proposta previa que o aumento teria de ser realizado em janeiro de 2019, após a negociação entre os empresários, os sindicatos e o Executivo.
A legislação grega prevê que as negociações para a subida do salário mínimo aconteçam no primeiro semestre de cada ano. Contudo, durante os oito anos em que esteve sob resgate financeiro, a Grécia esteve impossibilitada de o fazer.
Esta era uma promessa que o Syriza levou às últimas eleições. Tal como em Portugal, as eleições gregas realizam-se em outubro deste ano. Atualmente, as sondagens não dão a vitória a Alexis Tsipras, que perde para o principal partido da oposição, a Nova Democracia, liderado atualmente por Kyriakos Mitsotakis.
Recentemente, tanto Espanha como França decidiram aumentar o salário mínimo em 22% e 10,5%, respetivamente.
Aumento será o primeiro em dez anos A última subida do salário mínimo na Grécia aconteceu em 2009. Nos anos seguintes, o montante não só não subiu como desceu drasticamente em 2012: nesse ano a Grécia foi obrigada a cortar em 22% o salário mínimo que desceu de cerca de 750 euros mensais brutos para 586 euros. Ambos os números referem-se a 14 meses, ou seja, com o subsídio de Natal e o subsídio de férias.
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