"Sabemos que foram distribuídos outros folhetos com mentiras que dizem aos refugiados e aos imigrantes para não subirem a bordo dos autocarros que o Estado grego oferece, porque supostamente seriam detidos e deportados para a Turquia. É tudo mentira", assinalou o mesmo responsável.
O governo helénico apelou novamente aos refugiados e aos imigrantes que permitam a sua transferência para estruturas de acolhimento organizadas.
Em declarações ao canal televisivo privado Skai, Kyritsis afirmou hoje que, neste momento, há cerca de 2.000 lugares disponíveis e que se analisa a possibilidade de aumentar a capacidade.
O porta-voz sublinhou que nos próximos dias vários ministérios (Saúde, Protecção Civil, Migração, Transportes) vão instalar em Idomeni contentores para resolver problemas imediatos, a fim de evitar que o acampamento se transforme num segundo Calais (no noroeste de França).
Relativamente às cerca de mil pessoas que conseguiram cruzar a fronteira na segunda-feira para a Macedónia, através de um rio, Kyritsis afirmou que, até agora, a Grécia não recebeu qualquer aviso de Skopje relativo a uma eventual devolução destas pessoas a território helénico.
Sobre os jornalistas detidos pelo exército macedónio, indicou que espera que a polícia lhes permita regressar à Grécia ao longo do dia.
Os jornalistas foram detidos quando seguiam a marcha de refugiados que cruzaram a fronteira, por uma rota alternativa, dado que a Macedónia e outros países da região decidiram bloquear o percurso em direcção a norte, ao longo da designada "rota dos Balcãs", As autoridades de Skopje proíbem desde a passada segunda-feira a passagem dos migrantes através de Idomeni.
Esta foi a primeira vez que se registou um movimento desta amplitude desde o encerramento do posto fronteiriço de Idomeni.
Actualmente, encontram-se cerca de 12.000 migrantes concentrados em Idomeni e em condições definidas como extremamente precárias.
O Ministério do Interior macedónio informou que cerca de 700 migrantes atravessaram ilegalmente a fronteira ao longo do dia e que a polícia e o exército estavam à espera de os devolver à Grécia.