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Governo volta a reunir-se com sindicatos da Função Pública em 15 de outubro

Lusa 18:18
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A reunião acontece após a entrega da proposta do Orçamento de Estado para 2026 (OE2026), que tem de ser feita na Assembleia da República até 10 de outubro.

O Governo volta a reunir-se com as três federações sindicais da Administração Pública, no âmbito do processo negocial sobre a atualização geral dos salários em 15 de outubro, segundo a convocatória a que a Lusa teve acesso.

Governo reúne com sindicatos da Função Pública em 15 de outubro após proposta do OE2026
Governo reúne com sindicatos da Função Pública em 15 de outubro após proposta do OE2026 LUSA

A reunião acontece assim após a entrega da proposta do Orçamento de Estado para 2026 (OE2026), que tem de ser feita na Assembleia da República até 10 de outubro.

A Frente Sindical, liderada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), é a primeira a ser recebida, pelas 09:00, seguindo-se a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (Frente Comum), pelas 10:30, e a Federação dos Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Fesap), pelas 12:00.

Esta é a segunda reunião no âmbito do processo negocial sobre a atualização geral dos salários para 2026, depois de em 26 de setembro a secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, ter proposto aos sindicatos uma extensão do acordo de valorização em vigor, de modo a cobrir a atual legislatura, isto é, até 2029, e dado que o atual só vai até 2028.

Em comunicado enviado após as reuniões, o Ministério das Finanças confirmou que a proposta inicial do Governo prevê aumentos de "2,30%, com um mínimo de 60,52 euros, para o ano 2029, mantendo os aumentos estabelecidos para 2026, 2027 e 2028".

O acordo assinado em novembro de 2024 com duas das estruturas sindicais da função pública (a Fesap e Frente Sindical) prevê aumentos de 2,15%, com um mínimo de 56,58 euros no próximo ano.

Já para 2027 e 2028, o acordo estabelece aumentos de 2,3%, com um mínimo de 60,52 euros.

Na mesma nota, o Ministério das Finanças adiantou ainda que a proposta apresentada aos sindicatos da Função Pública inclui "outras matérias relevantes", nomeadamente "a revisão do regime de ajudas de custo em vigor, a evolução e revisão do SIADAP, bem como do Estatuto remuneratório do Pessoal Dirigente", em linha com as medidas previstas no programa do Governo.

O acordo assinado no ano passado atualizou em 5% o valor de abono das ajudas de custo a partir deste ano.

À saída da primeira ronda de negociações, o secretário-geral da Fesap considerou a proposta do Governo "insuficiente", indicando que vai procurar melhorá-la, seja através de suplementos ou do aumento do subsídio de refeição.

A Fesap, afeta à UGT, propõe que a remuneração base na função pública suba para 973,41 euros em 2026 e uma atualização mínima de 95 euros para todos os trabalhadores, além do aumento do subsídio de alimentação para 10 euros por dia, isento de impostos.

Já a Frente Sindical, liderada pelo STE, reivindica um aumento salarial de 6,4% para todos os funcionários públicos em 2026 e uma atualização do subsídio de refeição para 12 euros.

Por sua vez, o coordenador da Frente Comum anunciou uma greve geral de trabalhadores da administração pública no dia 24 de outubro, se o Governo não melhorar a proposta de valorização, que considera inaceitável.

Esta estrutura, afeta à CGTP, exige um aumento salarial de 15% num mínimo de 150 euros, a partir de 01 de janeiro, bem como a atualização do subsídio de alimentação para 12 euros.

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