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Estudo revela que uma vida saudável acrescenta dez anos de vida

30 de abril de 2018 às 18:15
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Investigadores de Harvard concluíram que hábitos saudáveis fazem descer consideravelmente as probabilidades de cancro ou doenças cardiovasculares.

Manter na vida adulta cinco hábitos saudáveis, relacionados com a dieta, exercício regular, peso, pouco álcool e nenhum tabaco, pode acrescentar mais de uma década de vida, indica um estudo hoje divulgado.

O estudo foi liderado por investigadores da Escola de Saúde Pública da universidade norte-americana de Harvard e concluiu que também as probabilidades de cancro ou doenças cardiovasculares descem consideravelmente.

Publicado hoje na revista académica Circulation, o estudo é a primeira análise abrangente do impacto da adopção de um estilo de vida saudável na expectativa de vida dos norte-americanos, que têm uma esperança de vida das mais baixas no grupo dos países desenvolvidos do mundo.

Foram examinados 34 anos de dados sobre 78.865 mulheres e 27 anos de informação sobre 44.354 homens que participaram no estudo.

As cinco opções de vida saudável consideradas foram não fumar, baixo índice de massa corporal, pelo menos meia hora de actividade física moderada a vigorosa por dia, ingestão moderada de álcool e uma dieta saudável.

Esse estilo de vida faz com que os homens e mulheres que o seguem tenham menos 82% de probabilidade de morrer de doenças cardiovasculares e 65% menos de morrer de cancro, quando comparados com os que, nos 30 anos que decorreu o estudo, não tiveram hábitos saudáveis.

Para os participantes no estudo que não adoptaram nenhum dos factores de baixo risco os investigadores estimaram que a esperança de vida aos 50 anos era de mais 29 anos para as mulheres e mais 25,5 anos para os homens. Para os que adoptaram os cinco hábitos saudáveis a esperança projectada foi de mais 43,1 anos para as mulheres e mais 37,6 para os homens.

Lidos de outra forma, os números indicam que as mulheres com um estilo saudável ganham mais 14 anos de vida e os homens mais 12 anos de vida.

Frank Hu, autor do estudo, disse que nos norte-americanos a adesão a hábitos saudáveis de vida é "muito baixa".

Segundo os dados mais recentes das Nações Unidas um norte-americano tem uma esperança de vida à nascença de 79,3 anos, das mais baixas dos países ocidentais. Em Portugal a esperança medida de vida é de 81,2 anos, sensivelmente idêntica à da Alemanha e abaixo da esperança de vida na Noruega, 81,7 anos.

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