As duas jovens mães cabo-verdianas seguiam nos navios Kriola e Praia D'Aguada, na ligação entre as ilhas da Brava e do Fogo, e viram os seus bebés nascer a bordo, nos dias 17 e 20 de junho.
Dois bebés nasceram nos navios da CV Interilhas no espaço de quatro dias, em junho, cujas famílias ganharam um passe para viajarem gratuitamente, anunciou a concessionária do transporte marítimo em Cabo Verde, liderada pela portuguesa Transinsular.
Em comunicado enviado hoje à Lusa, a empresa explica que os dois nascimentos a bordo dos navios é algo que, em tempos de pandemia de covid-19, "eleva os padrões de segurança e responsabilidade para com os passageiros transportados".
As duas jovens mães cabo-verdianas seguiam nos navios "Kriola" e "Praia D'Aguada", na ligação entre as ilhas da Brava e do Fogo, e viram os seus bebés nascer a bordo, nos dias 17 e 20 de junho, tendo sido assistidas pelos enfermeiros que as acompanhavam e pelas tripulações, que "proporcionaram todos os cuidados de higienização e segurança, incluindo as medidas de prevenção aplicáveis à covid-19", garante a empresa.
"Comprometida com aquela que é a sua missão -- aproximar as pessoas -- e atendendo o seu forte sentido de responsabilidade social, foram oferecidos a cada uma das mães um 'free pass' com validade de dois anos para que esta família possa viajar em qualquer navio e qualquer rota em Cabo Verde. Foi também oferecido um cabaz com produtos para bebé", lê-se no comunicado.
"Assistimos dois nascimentos a bordo, permitindo o conforto, segurança e cuidados de higiene necessários para as mães e para os bebés e isso deve-se ao facto de termos as nossas regras a bordo bem definidas e as tripulações devidamente formadas e comprometidas em prestar qualquer auxílio aos passageiros, o que poderia não acontecer tão bem, se não fôssemos consequentes naquilo em que acreditamos: a segurança acima de tudo", sublinha, citado no comunicado, Gonçalo Delgado, administrador do grupo ETE, responsável pela operação de Cabo Verde.
Desde agosto de 2019 que a concessão do transporte marítimo de carga e passageiros em Cabo Verde é assegurado - por um período de 20 anos, após concurso público internacional - pela CV Interilhas, detida em 51% pela Transinsular (do grupo português ETE), pertencendo os restantes 49% a armadores cabo-verdianos, que também fornecem os navios usados.
Para travar a transmissão da pandemia de covid-19, em pleno estado de emergência, as ligações marítimas de passageiros entre as ilhas de Cabo Verde foram suspensas em 29 de março e só começaram a ser progressivamente retomadas em 11 de maio.
Contudo, a empresa lembra que os navios ao serviço "nunca deixaram de operar, de apoiar o transporte de passageiros com cuidados especiais" e "devidamente autorizados", além de transportar carga: "Aliás, sempre foi prioridade manter a mobilidade das populações e dos agentes económicos -- ainda que com elevadas restrições e regras de prevenção contra a covid-19".
A empresa refere que transportou, durante o estado de emergência, mais de 9.200 toneladas de carga e 750 passageiros, "devidamente testados e com autorizações especiais do Ministério da Administração Interna", nomeadamente 58 pessoas em evacuação médica a pedido da proteção civil.
"Facto este que comprova o forte compromisso de caráter social assumido pela empresa. Mais do que manter um negócio, é proporcionar às populações a satisfação das suas necessidades mais básicas, é conseguir abastecer as ilhas com produtos essenciais para que não faltasse nada a estas pessoas, desde alimentos a medicamentos", lê-se no comunicado.
"É importante reforçar a segurança pela qual pautamos a nossa atividade. Manter navios operacionais requer elevados padrões de segurança a bordo. Numa atividade que envolve pessoas, ainda mais. E de facto, a capacidade técnica das nossas equipas, mas também o seu esforço e dedicação em tempos de pandemia foram o pilar para manter a nossa operação em funcionamento e podermos continuar a satisfazer as necessidades das populações, em termos de abastecimento de produtos essenciais, quer de saúde, quer alimentares", sublinha, por sua vez, Gonçalo Delgado.
Em quase um ano de operação, embora limitada à suspensão das ligações entre as nove ilhas habitadas imposta pelo estado de emergência, a CV Interilhas refere que a "regularidade" e "segurança" da atual operação permitiu aumentar para a afluência ao serviço, até ao momento, para "mais de 380.000 passageiros".
"E mesmo perante a pandemia de covid-19, é sinónimo de confiança e de credibilidade", garante a empresa.
Dois bebés nasceram em navios no mar de Cabo Verde em quatro dias
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