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Covid-19. Mais de metade dos europeus ficará infetado com Ómicron nos próximos dois meses

11 de janeiro de 2022 às 15:40
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Organização Mundial de Saúde estima quase 450 milhões de infeções com a nova variante da covid-19 só nas próximas seis a oito semanas. Afirma que a Ómicron "não é uma gripe", mas reconhece que número de mortes se mantém estável.

Mais de metade da população europeia deverá ser infetada pela variante Ómicron da covid-19 dentro das próximas seis a oito semanas. Esta é a previsão da Organização Mundial de Saúde, referindo que foram registados mais de sete milhões de casos na região só durante a primeira semana de 2022, mais do dobro da média dos 14 dias anteriores.

"A este ritmo, estimamos que mais de 50% da população na região ficará infetada com a Ómicron nas próximas 6-8 semanas", afirmou o diretor europeu da OMS em conferência de imprensa, ressalvando que, apesar da rapidez "sem precedente" de contágio, "há uma quantidade maior de casos assintomáticos, há uma quantidade menor de pessoas que precisam de ser hospitalizadas e as taxas de mortalidade nos hospitais são mais baixas", o que comprova a eficácia das vacinas já aprovadas.

Kluge afirmou ainda que as mutações dessa variante "lhe permitem aderir mais facilmente às células humanas, podendo infetar mesmo as pessoas que foram já infetadas ou estão vacinadas".

Na região europeia da OMS, que inclui 53 países, registaram-se mais de sete milhões de contágios durante a primeira semana de 2022 e, de acordo com dados atualizados na segunda-feira, 26 países comunicaram que acima de 1% da sua população tinha testado positiva para o SARS-CoV-2 a cada semana. A confirmar-se esta previsão, os 50% da população correspondem a quase 450 milhões de infetados em menos de dois meses.

Para o responsável, que assinalou o contágio "sem precedente", a vaga atual "desafia os sistemas de saúde e a prestação de serviços em vários países onde a Ómicron se propagou rapidamente". Para a OMS, ainda não é possível classificar a covid-19 como uma endemia, como a gripe.

"Temos um vírus que evolui muito rapidamente e que coloca desafios novos. Não estamos em condições de o poder classificar como endémico", afirmou a responsável europeia pelas emergências sanitárias, Catherine Smallwood. Hans Kluge considerou que o objetivo de 2022 é, antes de mais, estabilizar a pandemia, reconhecendo que "o vírus já surpreendeu mais do que uma vez".

Com Lusa

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