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O presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional alertou a carência de recursos humanos constitui o "maior problema do sistema prisional".
O presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) alertou hoje que as cadeias portuguesas precisam de mais cerca de 1.500 elementos, uma carência de recursos humanos que constitui o "maior problema do sistema prisional".
Carlos Barroso/Correio da Manhã
Em declarações à agência Lusa, Frederico Morais adiantou que, para uma população prisional de quase 13 mil reclusos, estão no ativo perto de 4.000 guardas prisionais, quando o "ideal seriam cerca de 5.500".
"Faltam mais ou menos 1.500 guardas" nas cadeias portuguesas, avisou o dirigente sindical, ao salientar a necessidade de por novos "guardas a trabalhar o mais rápido possível", através de um concurso para 500 vagas.
O presidente do SNCGP atribuiu a fuga de cinco reclusos no sábado do estabelecimento prisional de alta segurança de Vale dos Judeus, em Alcoentre, a essa falta de guardas prisionais, o que levou a que as torres de vigilância tivessem sido desativadas e demolidas.
"A falta de guardas levou à desativação de umas torres de vigilância que havia antigamente e onde estava sempre um guarda todos os dias em permanência", referiu Frederico Morais, para quem as "câmaras de videovigilância podem ser muito boas, mas não é para essa situação".
O dirigente sindical garantiu ainda que, na altura da fuga dos reclusos, estavam de turno 31 guardas prisionais em Vale dos Judeus (segundo o diretor-geral dos serviços prisionais estavam 33), quando no sistema anterior de escalas seriam 50.
"Em 2018, na escala anterior, estavam lá 50 guardas. Passamos de 50 para 30. O serviço é o mesmo, os presos são os mesmos, é tudo igual", lamentou Frederico Morais.
"Falhou não estar um guarda no pátio, que antigamente estaria a controlar, e agora não está porque não há guardas", referiu o presidente do sindicato.
Frederico Morais salientou ainda esperar que este caso da fuga de reclusos constitua o "Dia D para os serviços prisionais", que permita "finalmente uma reviravolta completa no sistema prisional português".
"Neste momento, precisamos de mudar quase tudo ou mesmo tudo. É importante ter a coragem de mudar, de fazer muito mais e dar condições de trabalho ao corpo da guarda prisional", referiu o presidente do SNCGP.
Considerou também que ministra da Justiça "chegou há pouco tempo" a essas funções e "não poderia ter feito muito mais", mas deveria já ter aberto o concurso para guardas que "já tem dois meses de atraso".
Além disso, "era importante vir a público dirigir uma palavra ao corpo da guarda prisional pelo profissionalismo com que, mesmo assim, consegue fazer aquela cadeia estar a funcionar", realçou Frederico Morais.
A fuga dos cinco evadidos do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus foi registada pelos sistemas de videovigilância pelas 09:56 de sábado, mas só foi detetada 40 minutos depois, quando os reclusos regressavam às suas celas.
Os evadidos são dois cidadãos portugueses, Fernando Ribeiro Ferreira e Fábio Fernandes Santos Loureiro, um cidadão da Geórgia, Shergili Farjiani, um da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e um do Reino Unido, Mark Cameron Roscaleer, com idades entre os 33 e os 61 anos.
Foram condenados a penas entre os sete e os 25 anos de prisão, por vários crimes, entre os quais tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais.
De acordo com a DGRSP, foi aberto um processo de inquérito interno, a cargo do Serviço de Auditoria e Inspeção, coordenado pelo Ministério Público.
Cadeias precisam de "mais 1.500 guardas" para vigiar reclusos
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