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Buscas na TAP e Parpública por suspeitas de corrupção, gestão danosa e burla

As buscas efetuadas esta sexta-feira na TAP e Parpública relacionam-se com a compra da empresa de manutenção VEM no Brasil

As buscas efetuadas esta sexta-feira na TAP e Parpública relacionam-se com a compra da empresa de manutenção VEM no Brasil e envolvem suspeitas de administração danosa, participação económica em negócio, tráfico de influência, burla qualificada, corrupção e branqueamento. Até ao momento, ainda não há arguidos.

Uma nota da Procuradoria-Geral da República refere que as buscas da Polícia Judiciária incidiram na TAP e na Parpública, tendo estas diligências resultado de uma investigação dirigida pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

"Em causa estão suspeitas da prática dos crimes de administração danosa, participação económica em negócio, tráfico de influência, burla qualificada, corrupção e branqueamento. Os factos em investigação estão relacionados com o negócio de aquisição da empresa de manutenção e engenharia VEM", lê-se na nota de imprensa da Procuradoria-Geral da República, onde também consta que, "até ao momento, o processo não tem arguidos constituídos".

A PGR refere que os factos em investigação estão relacionados com o negócio de aquisição da empresa de manutenção e engenharia VEM" no Brasil.

Antes, uma fonte oficial da TAP confirmou à agência Lusa que estava uma equipa da PJ na sede da TAP, em Lisboa, e que a empresa estava a colaborar em tudo que lhe está a ser solicitado.

A TAP entrou no capital da empresa de manutenção de aviões em 2005, tendo ficado com 100% em 2007, quando comprou a posição da Geocapital, detida pelo empresário macaense Stanley Ho. 

Desde então, a M&E Brasil tem sido a principal responsável pelos prejuízos do grupo TAP. Nesta investigação, o Ministério Público é coadjuvado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária.