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A primeira fase da mudança concretizou-se: era preciso libertar José Sócrates de todas as suas funções.
E terminar com o sufoco e com a simulação que fizeram com que Portugal dançasse alegremente à beira de um vulcão. A mudança não se concretizava só com anestesia. Era necessária uma cirurgia para virar uma página na história política do País. Sócrates não cometeu apenas os pecados morais típicos do exercício do poder. Tornou-os amorais. Transformou a política numa actividade vulgar. A mudança necessária não era só partidária. Era cultural. O seu pecado capital foi não ver que a crise afundaria a sua jangada de celofane colorido. O seu talento não estava feito à medida do que tentou construir, mas do que destruiu. Sócrates nunca estudou bem o significado da palavra democracia. Perdeu porque achava que o Estado era ele. E com isso transformou o Governo e o PS em seres acéfalos, que apenas sobreviviam pela distribuição de pedaços de poder. Sócrates tornou Portugal recluso do FMI e da UE. Isso é impossível de esquecer. Como escreveu o padre António Vieira: "Não é miserável a república onde há delitos, senão onde falta o castigo deles". O castigo eleitoral pode mudar o enredo em que vivemos. Acredita-se que Passos Coelho saiba que agora é a altura de mudar com inteligência. Portugal não pode entrar numa fase de Darwinismo político, onde só os fortes têm direito a sobreviver. Os portugueses são uma grande família. Uns são mais fortes, outros mais fracos. Mas nenhum pode ser deixado sozinho só porque estamos cercados pelo FMI e, pior, pela União Europeia. Portugal só queria mudar. Mostrou-o.
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Nos próximos dez anos, ninguém nos garante que André Ventura não se tornará Primeiro-Ministro e que não tente um assalto à Constituição para construir a prometida “quarta república” onde vigorarão os tais “três Salazares”.
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