Há muitos anos um dos célebres irmãos Marx, Chico, dizia: "Em quem é que vão acreditar, em mim ou nos vossos olhos"?
Os portugueses esfregam os olhos e já têm dificuldades em acreditar em qualquer das diferentes versões da história da Carochinha que lhe contam. Caminhamos para um teatro político onde as palavras estão vazias de sentido. O PS transformou-se num partido com paredes de betão para escutar melhor as palavras de ordem de José Sócrates. No PSD, Pedro Passos Coelho saltita de opinião em opinião como se a política fosse um quadro impressionista. A política portuguesa tornou-se inexplicável. Ou melhor, começa a ser demasiado explicável. PS e PSD estão mais interessados no que resta do bolo do Estado do que na real resolução da era da pobreza que se vislumbra. Começa a não haver um 112 disponível para a irresponsabilidade clínica reinante. Os portugueses já não conseguem acreditar em ninguém e começam a duvidar dos seus próprios olhos. O PSD começa a precisar de ter ideias concretas. Passos Coelho não pode um dia ser contra o aumento do IVA e no outro já querer aumentá-lo e não pode querer privatizar a CGD nos dias pares e só um niquinho dela nos ímpares, através de um absurdo aumento de capital. Sem que qualquer desses disparates faça parte de uma estratégia económica explícita. Sócrates diz-se e desdiz-se com a mesma convicção. Passos Coelho parece um salta-pocinhas, sem saber o que tem a propor. Com um debate político assim só resta aos portugueses a debandada desordenada: salve-se quem puder e que venha alguém pôr ordem no sítio.
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A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.