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Uma palavra-chave forte "é prevenção" para os ciberataques

09 de fevereiro de 2022 às 13:57

"As pessoas têm de se prevenir, ter os sistemas atualizados, comprar 'software' que seja certificado, não fazer 'download' da Internet sem saber" disse o presidente executivo da HCCM.

O presidente executivo da HCCM vê "com preocupação" o aumento de ciberataques em Portugal, defende que a "palavra-chave é a prevenção" e adianta que a consultora tecnológica vai alargar o negócio à área de cibersegurança.

"A palavra-chave é a prevenção, as pessoas têm de se prevenir, ter os sistemas atualizados, comprar 'software' que seja certificado, não fazer 'download' da Internet sem saber" do que se trata, porque podem estar a infetar a empresa toda, defendeu, em entrevista à Lusa, Rui Pereira da Silva, quando questionado sobre o tema.

A digitalização "veio para ficar, vai continuar a desenvolver-se, vai estar tudo ligado à Internet", sublinhou.

"Vejo com preocupação como gestor, tenho também receio que a minha organização seja atacada", prosseguiu o presidente executivo da HCCM Consulting.

Rui Pereira da Silva adiantou que a tecnológica tem estado "a tomar as medidas" necessárias para prevenir ciberataques e "dar formação às pessoas".

Há uma ideia "subjacente à parte de cibersegurança", destacou, que "o principal problema está nos comportamentos" e não na tecnologia.

Ou seja, "não é tanto um problema de tecnologia, tem mais a ver com o problema de comportamentos dos próprios colaboradores da empresa perante as ameaças", argumentou.

Muitas vezes passa pela falta de atenção em abrir ficheiros dos quais não se tem a certeza se são seguros ou 'clicar' num 'link' de um vídeo que está infetado.

"A questão dos comportamentos e formação é bastante importante, nós como empresa podemos atuar nessa parte da formação e da evangelização", acrescentou.

A HCCM, que em agosto foi comprada pela israelita Aman, que passou a deter 90% (os restantes 10% estão nas mãos do CEO), passa agora a contar com a experiência em cibersegurança do grupo, que detém a empresa Securenet em Israel.

"Não há dúvida de que Israel é um país superavançado em tudo o que são tecnologias de informação", apontou, referindo que o país tem 45 unicórnios (empresas que atingem uma valorização de 1.000 milhões de dólares sem ter presença na bolsa) e Portugal conta com sete.

"A nossa ideia é trazer a experiência deles [em cibersegurança] para Portugal e prestar um serviço aos nossos clientes", salientou.

Rui Pereira da Silva admitiu trazer "ainda este ano" esta área de negócio.

"Acho que nós cada vez mais assistimos nas notícias a informações sobre ataques, mas eu não ligava isso à pandemia, acho que tem mais a ver com a digitalização de processos, a pandemia implicou mais digitalização", rematou.

"A Trust in News, empresa detentora da Visão e de outras 14 marcas de informação, foi esta madrugada alvo de uma tentativa de ciberataque", revela o grupo, num comunicado divulgado no 'site' da revista.

Na segunda-feira, a Vodafone Portugal foi alvo de um ciberataque sem precedentes que está a afetar a sua rede.

Antes, em 02 de janeiro, o grupo Impresa, dono da SIC e do Expresso, tinha sido alvo de um ataque informático.

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