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Sabe o que defendem os pequenos partidos?

02 de outubro de 2015 às 12:25

Uma súmula das prioridades das 12 organizações sem assento parlamentar que concorrem a estas legislativas

Algumas forças políticas sem assento parlamentar apostaram em acções diárias em todo o País durante a campanha, enquanto outros preferiram iniciativas pontuais concentradas em Lisboa e Porto, mas todas com o objectivo de serem alternativa aos grandes partidos.

Dos 12 partidos sem assento parlamentar que se candidatam às legislativas, o Livre/Tempo de Avançar, Partido Democrático Republicano (PDR) e PCTP/MRPP foram aqueles com mais visibilidade, ao realizarem várias iniciativas diárias em todo o país durante a campanha eleitoral, que termina na sexta-feira.

Em sentido oposto, as forças políticas com menos iniciativas públicas foram o Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP), o Partido Popular Monárquico (PPM) e o Partido Cidadania e Democracia Cristã (PPV/CDC), que arrancou na segunda semana da campanha e tem como originalidade não concorrer em Lisboa e Porto.

Estreante nas eleições legislativas, o Livre/Tempo de Avançar defendeu, nas últimas semanas, a renegociação da dívida, uma união de esquerda, a regionalização e um fundo de resolução e humanização da insolvência, tendo-se ainda manifestado contra as privatizações.

Também a concorrer pela primeira vez, o PDR, que tem Marinho e Pinto como presidente, centrou a sua campanha no combate à corrupção e nas críticas ao PSD, CDS e PS, apesar de ter admitido a possibilidade entendimentos pós-eleitorais para constituir uma maioria parlamentar.

Já a campanha do PCTP/MRPP ficou marcada pela suspensão do material de campanha que continha a frase "Morte aos Traidores", depois das objecções suscitadas pela mandatária nacional para a juventude". Após a suspensão da frase, que chegou a ser analisada pela Comissão Nacional de Eleições, o líder do partido, Garcia Pereira, afirmou que esta decisão não isenta os traidores da morte certa.

A coligação Agir fez-se notar pelas fotografias da cabeça de lista por Lisboa, Joana Amaral Dias, tendo defendido um referendo revogatório para "demitir políticos corruptos", durante um protesto em frente à casa de Ricardo Salgado.

Por sua vez, o partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) marcou a campanha ao defender um estatuto jurídico dos animais e a abolição de espectáculos com sofrimento ou morte de animais, tendo ainda viajado até ao Tua, no distrito de Bragança, para alertar para o "crime" causado pela construção da barragem.

Ao concentrar a campanha na Grande Lisboa e na Madeira, o Juntos Pelo Povo (JPP) assumiu-se, durante a campanha, como um partido que está ao lado do povo ao defender os seus interesses e prometeu e fazer política de forma diferente.

Centrada na defesa dos valores "humanista, ecologista e liberal", o Partido da Terra (MPT) defendeu, nas duas últimas semanas, novas políticas metropolitanas de transportes e uma política de consensos na Assembleia da República.

Outra estreia nas legislativas é o Nós, Cidadãos!, que pretende ser a voz dos cidadãos indignados no parlamento ao defender um Governo com diferentes forças, destacou-se por denunciar as ilegalidades nas votações dos emigrantes ao admitir impugnar a eleição pelo círculo Fora da Europa.

A campanha do Partido Nacional Renovador (PNR) apostou a campanha na questão dos refugiados, ao considerar que o seu acolhimento "põe em perigo" a segurança do país.

Assumindo-se um partido que defende a agricultura e o trabalho, o Partido Popular Monárquico (PPM) trocou a campanha nas ruas pelas vindimas no Alentejo e juntou-se à luta dos taxistas contra a empresa de transportes que utiliza a aplicação Uber.

O também estreante PURP esteve mais ausente das acções de campanha, mas, durante as iniciativas de apelo ao voto, defendeu os direitos dos reformados e a reposição dos cortes salariais e das pensões.

O partido Cidadania e Democracia Cristã, que só no domingo realizou a sua primeira acção de rua na campanha, destacou a protecção da família ao propor a redução do IMI em função do número de dependentes, propinas e alojamento estudantil subsidiados, isenção de taxas moderadoras a grávidas e deslocalização do aborto do Serviço nacional de Saúde.

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