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Rússia e China abrem gasoduto entre os dois países

02 de dezembro de 2019 às 11:02

A inauguração é "um evento verdadeiramente histórico, não apenas para o mercado global de energia, mas sobretudo para a Rússia e para a China", frisou Putin.

O Presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, celebraram hoje o lançamento "histórico" do primeiro gasoduto que liga os dois países, durante a cerimónia de abertura daquela estrutura, designada "Força Siberiana".

A inauguração é "um evento verdadeiramente histórico, não apenas para o mercado global de energia, mas sobretudo para mim e para si [Xi Jinping], para a Rússia e para a China", frisou Vladimir Putin, numa videoconferência transmitida pela televisão russa.

Este projeto "elevará a cooperação estratégica entre a Rússia e a China para um nível totalmente novo", acrescentou Putin.

Com mais de 2.000 quilómetros de extensão, o gasoduto liga os depósitos do leste da Sibéria à fronteira chinesa. A longo prazo, a rede terá, no conjunto, mais de 3.000 quilómetros de extensão.

Trata-se do primeiro gasoduto a atravessar os dois países e visa saciar o imenso apetite energético da China, mas simboliza também a parceria estratégica entre Pequim e Moscovo.

"A torneira está aberta! (...) o gás entrou na China", declarou solenemente o chefe da estatal russa Gazprom, Alexei Miller, acompanhado por dezenas de funcionários, de uniforme azul e branco, as cores da empresa.

Do lado chinês, os funcionários da estatal PetroChina, parceira da Gazprom para este projeto, apareceram na tela vestidos de vermelho. A China deve concluir a sua parte do gasoduto em 2023, com destino final em Xangai, a "capital" económica do país asiático.

"O desenvolvimento das relações sino-russas é e será uma prioridade da política externa de cada um dos nossos países", disse o Presidente chinês, Xi Jinping, que se referiu a Putin como "amigo".

"Este é um projeto histórico (...) e um exemplo de profunda integração e cooperação mutuamente benéfica", acrescentou.

Segundo a Gazprom, quase 10.000 pessoas trabalharam neste projeto, numa escala sem precedentes desde a queda da União Soviética.

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