Secções
Entrar

Rui Rio avisa que negociar com o PS é "sempre na corda bamba" e prefere acordos escritos

22 de janeiro de 2022 às 16:58

Rui Rio acusou o PS de "falta de coerência" e apontou o recente exemplo da Câmara de Lisboa, em que os socialistas anunciaram que iriam viabilizar o orçamento municipal e depois pediram um adiamento devido a alegados erros no documento.

O presidente do PSD alertou este sábado que negociar com o PS "é sempre na corda bamba", aludindo ao exemplo recente da Câmara Municipal de Lisboa, e manifestou preferência por acordos escritos.

No final de mais um contacto com a população em Santa Maria da Feira (no distrito de Aveiro), Rui Rio foi confrontado com declarações de António Costa, segundo as quais se limitava a acenar e a sorrir às pessoas e não apresentava o seu programa.

"Acho que está um bocado desnorteado, se há coisa que fazemos diferente do PS é que eles fazem vulgares comícios - em que o dr. António Costa trata de deturpar as propostas dos outros - enquanto nós fazemos sessões onde divulgamos as nossas propostas na economia, ambiente, hoje justiça", salientou, referindo-se às sessões de esclarecimento diárias de final de tarde, a que o partido chama "Conversas Centrais".

Rui Rio acusou o PS de "falta de coerência" e apontou o recente exemplo da Câmara de Lisboa, em que os socialistas anunciaram que iriam viabilizar o orçamento municipal e depois pediram um adiamento devido a alegados erros no documento.

"Isto comprova que negociar com o PS é sempre na corda bamba, diz uma coisa e rapidamente faz outra, quando faz isto na principal câmara do país, facilmente faz também no Governo", alertou.

Ainda assim, Rio mantém a disponibilidade para negociar com os socialistas, mas reiterou que "quem vai decidir é o povo português".

"Se houver uma maioria à direita, se fizermos os 116, é preferencial, se não, tenho de me mexer no quadro parlamentar que o povo português entender", afirmou.

Questionado se corre o risco de ter de 'governar à Guterres' (negociando diploma a diploma), Rio admitiu que é uma possibilidade se os outros partidos não quiserem negociar de uma forma mais estável, e, perguntado se seria preferível um acordo escrito, respondeu afirmativamente.

"Obviamente com papel assinado é mais - ia dizer civilizado - é mais forte e melhor do que '31 de boca'", afirmou.

Questionado sobre a absolvição do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, no processo Selminho, Rio recusou comentar o caso, remetendo-o para "a concelhia local ou os vereadores municipais".

Perante a insistência dos jornalistas de que tinha sido visado nas declarações do autarca, Rio disse: "então é que não respondo mesmo".

O presidente do PSD escusou-se também a responder se a entrevista do ex-primeiro-ministro José Sócrates em plena campanha beneficia o PSD, limitando-se a repetir que a hipótese de uma maioria absoluta de qualquer partido é "próxima do zero".

Perguntado se, a meio da campanha eleitoral, tem uma convicção crescentes de que o PSD pode ganhar as eleições, Rio foi categórico: "Tenho".

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela