Secções
Entrar

Pedro Nuno Santos: Não há neste momento negociações com potenciais compradores da TAP

Lusa 07 de novembro de 2022 às 19:24

"Enunciámos um objetivo que foi a abertura da capital da TAP, porque nunca foi objetivo manter com 100% da TAP. (...) Esse processo não foi iniciado e não podemos dar resposta sobre um processo que não foi iniciado", disse o ministro que está a ser ouvido na Comissão do Orçamento de Finanças no âmbito do Orçamento do Estado para 2023.

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, afirmou esta segunda-feira que não há negociações com potenciais compradores da TAP e que não está ainda definido quando se iniciará o processo de privatização da companhia aérea.

TIAGO PETINGA/LUSA

"Não, não está", afirmou Pedro Nuno Santos em resposta ao deputado da Iniciativa Liberal (IL) Carlos Guimarães Pinto que, após o ministro ter afirmado que o processo de privatização não está ainda definido, insistiu que "então neste momento não há qualquer tipo de negociação com nenhum potencial comprador?".

O deputado da IL insistiu ainda em saber se Pedro Nuno Santos podia confirmar que a privatização da TAP ocorrerá ainda em 2023, se será sobre mais de 50% do capital e se, após a privatização, o Estado planeia ficar com algum tipo de obrigação ou se dará algum tipo de garantia sobre a dívida da TAP, mas a resposta de Pedro Nuno Santos não se afastou do registo inicial.

"Enunciámos um objetivo que foi a abertura da capital da TAP, porque nunca foi objetivo manter com 100% da TAP. (...) Esse processo não foi iniciado e não podemos dar resposta sobre um processo que não foi iniciado", disse o ministro que está hoje a ser ouvido na Comissão do Orçamento de Finanças no âmbito da proposta do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).

O deputado da IL quis também saber se injeção de dinheiro na TAP não salvaguardou os 5% de capital que os trabalhadores tinham na empresa, tendo o ministro referido que das negociações realizadas com Bruxelas sobre o plano de reestruturação da TAP resultou a exigência de as injeções de dinheiro na empresa serem transformadas em capital pelo que, neste quadro, "todas as participações se diluem".

Antes, André Ventura, do Chega, tinha também já trazido a TAP para a audição, questionando o ministro sobre o número de cancelamentos de voos. Na resposta, o ministro acusou o deputado de "misturar tudo" ao defender a intervenção na TAP, mas criticar o dinheiro [injetado], a não querer privatizar a TAP, mas a querer saber quanto é que o Estado vai perder.

Paula Santos, do PCP, questionou, por seu lado, Pedro Nuno Santos sobre o fim dos cortes salariais na TAP, após a empresa ter registado lucros de 111 milhões de euros no terceiro trimestre, mas o ministro afirmou que não há ainda condições para estes acabarem.

"Não podemos terminar os cortes" enquanto a empresa continua a ter uma situação deficitária, disse Pedro Nuno Santos que reconheceu os sacrifícios que os trabalhadores estão a ser chamados a fazer e que a empresa está a recuperar mais depressa do que o esperado.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela