PCP apresenta caderno de encargos para o OE
Saúde, educação, transportes, protecção social, ciência e cultura. "É preciso fazer escolhas", avisa Jerónimo de Sousa, que pede mais investimento público.
Jerónimo de Sousa diz que a grande prioridade para o país é o aumento do investimento público e elenca as medidas que considera essenciais para o próximo Orçamento do Estado.
Além das mudanças na legislação laboral e do salário mínimo nos 650 euros a 1 de Janeiro de 2019, que não são medidas para o Orçamento, o líder do PCP anuncia já algumas das políticas que os comunistas consideram essenciais para o Orçamento que já começou a ser discutido à esquerda.
Medidas como o aumento extraordinário de pensões, a universalização do abono de família, a eliminação do Pagamento Especial por Conta e a reposição do IVA da electricidade e do gás nos 6% são apontadas como prioritárias pelos comunistas.
De resto Jerónimo de Sousa avisa que a narrativa de que não há dinheiro não será aceite pelo PCP.
"Diz-se que não há dinheiro para tudo, mas sobra sempre muito dinheiro para poucos", acusa o secretário-geral do PCP.
"Só em 2017 a EDP deveria ter pago cerca de 400 milhões de euros em impostos, mas pagou apenas 10 milhões", apontou Jerónimo, criticando também os dois mil milhões de euros por ano gastos nas PPP ou os mais de 1,2 mil milhões gastos emswaps.
"A solução para os problemas do país não se encontra mantendo a mesma política e o mesmo fracassado modelo que levou o país ao retrocesso e ao atraso", argumenta o comunista, que voltou a criticar a submissão às regras europeias e a defender que o país precisa "de uma política patriótica e de esquerda".
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