Secções
Entrar

PCP afirma que nunca se desistiu de afirmar na rua o Dia do Trabalhador

01 de maio de 2020 às 16:50

"Não esquecemos que neste momento existem milhares de trabalhadores com vínculo precário que perderam os seus empregos", apontou Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral do PCP afirmou hoje que nunca se desistiu de assinalar na rua o 1.º de Maio, lembrando a jornada do Rossio de há 50 anos com perseguição por parte da polícia política do anterior regime.

"Nunca se desistiu de fazer o 1.º de Maio, independentemente das circunstâncias. Hoje estamos numa situação diferente, mas aqui estamos com esse sentimento de confiança e de esperança de que é possível sairmos desta situação dramática do país", afirmou Jerónimo de Sousa no início da concentração promovida pela da CGTP-IN, na Alameda, em Lisboa.

Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral do PCP referiu que participa no 1.º de Maio "há 50 anos", lembrando depois a ação que se realizou no Rossio, no centro de Lisboa, "com a perseguição e a prisão" por parte da polícia política do anterior regime.

Segundo o secretário-geral do PCP, esta concentração promovida pela CGTP-IN deve ser compreendida como uma ação de "afirmação, de esperança e luta, tendo em conta a situação em que o país se encontra" perante a pandemia de covid-19 e ainda em estado de emergência.

"Não esquecemos que neste momento existem milhares de trabalhadores com vínculo precário que perderam os seus empregos, trabalhadores que viram cortados os seus salários e reduzida a proteção social", apontou Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral do PCP falou ainda dos trabalhadores que "viram limitados os seus direitos individuais e coletivos" neste período de estado de emergência, que cessa no sábado, dando lugar ao estado de calamidade pública.

"Este é um momento de afirmação e não de comemoração. É um momento de afirmação de que os trabalhadores, com este seu dia mundial em circunstâncias diferentes e muito difíceis, aqui estão a dizer que a vida continua e que é preciso repor os direitos retirados", salientou Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral do PCP afirmou depois que a prioridade passará pela luta "pela reposição de salários, direitos e postos de trabalho".

"É preciso ter em conta pequenos e médios empresários, agricultores e pescadores. É preciso valorizarmos o trabalho e os trabalhadores para que Portugal seja um país de progresso e de desenvolvimento", completou.

Questionado sobre a ideia de que este 1.º de Maio deveria apenas ser assinalado 'online' e não presencialmente pela CGTP-IN, tendo em conta os riscos de contágio com o novo coronavírus, Jerónimo de Sousa respondeu: "Cada um é como cada qual".

"Há partidos que fizeram a sua opção e, naturalmente, registamos. Mas, mais do que a crítica corrosiva, é a razão que nos faz estar aqui, valorizando o 1.º de Maio. Este é um magnífico 1.º de Maio [da CGTP-IN] organizado em condições muito especiais", considerou.

Jerónimo de Sousa fez depois questão de salientar que, nesta concentração, "cumpriram-se todas as diretivas das autoridades de saúde".

"E simultaneamente não se perdeu este sentimento de luta e de esperança", acrescentou.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela