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Paços de Ferreira diz que o Aves usou "argumentos falsos" para cortar relações

16 de setembro de 2018 às 19:26

O clube emitiu um comunicado sobre o corte de relações institucionais anunciado após o jogo da Taça da Liga de futebol.

O Paços de Ferreira defendeu este domingo que o Desportivo das Aves recorreu a "argumentos falsos" para fundamentar o corte de relações institucionais anunciado após o jogo da Taça da Liga de futebol, disputado no sábado à porta fechada.

Em comunicado, a direcção do clube pacense lamenta ser forçada a fazer a defesa da honra, dignidade e bom nome da instituição, afirmando que "a Direcção do CD Aves necessitava de um qualquer pretexto para consumar a ameaça efectuada antes da realização do jogo a contar para a Taça da Liga, de modo a justificar o pretendido corte de relações institucionais".

"Como certamente se terão surpreendido pela forma correta e digna como foram recebidos, tornou-se necessário o recurso a argumentos falsos, sem fundamento, e pasme-se, colocando em causa quer o FC Paços de Ferreira, a Liga Portugal e as próprias forças policiais que negam veementemente a correspondência com a realidade dos factos que pretendiam criar fantasiosamente", pode ler-se no comunicado.

No documento, dizem que o Paços de Ferreira pretende acrescentar à "clara e evidente decisão de corte de relações institucionais" por iniciativa do Aves "o corte de relações pessoais com todos aqueles que pela sua actuação e falta de sentido de responsabilidade contribuíram decisivamente para os factos ocorridos".

"Seria difícil imaginar que alguém pudesse contribuir publica e irresponsavelmente para que um grupo de adeptos com ligações ao clube em causa se fizesse deslocar ao centro da cidade de Paços de Ferreira e às instalações desportivas do nosso Clube ameaçando e atentando contra a integridade física quer de adeptos quer de atletas e dirigentes da formação do FC Paços de Ferreira e ainda causar danos em estabelecimentos comerciais da cidade", denuncia o Paços de Ferreira.

Em causa estão os confrontos ocorridos em Paços de Ferreira horas depois do jogo que terminou empatado 0-0, envolvendo adeptos locais e do Aves, que ali se deslocaram após terem tido conhecimento dos incidentes no Estádio Capital do Móvel, nomeadamente o furto da bandeira do clube do espaço onde se encontrava hasteada, motivando a intervenção das forças da autoridade.

"Quanto ao desaparecimento da bandeira do CD das Aves, reconhecemos o seu desaparecimento (que lamentamos) do espaço onde se encontrava hasteada (sito no exterior do Estádio junto à via publica), sendo que nos prontificámos a liquidar todos os custos inerentes à sua substituição, o que foi prontamente recusado pelo representante do CD das Aves", refere ainda o comunicado.

O Paços de Ferreira falou ainda de uma "actuação digna" dos responsáveis do clube, face a "uma atitude lamentável" do representante do Aves, sem fazer qualquer referência aos alegados insultos de teor xenófobo para com o presidente avense, de nacionalidade chinesa, que o clube da I Liga se queixou e que, também, terão justificado o anúncio do corte de relações institucionais entre os dois emblemas.

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