Secções
Entrar

Morreu o arquitecto e militante do CDS-PP Vasco Morais Soares

06 de junho de 2018 às 17:54

Morais Soares foi, "durante vários anos, deputado da Assembleia Municipal do Porto, pelo CDS-PP, e dirigente da Concelhia".

O arquitecto portuense e militante do CDS-PP Vasco Morais Soares, morreu hoje aos 78 anos, revelou a Distrital do Porto do partido, adiantando que o funeral do ex-deputado municipal portuense se realiza às 14:30 de quinta-feira.

"O CDS-PP perdeu hoje um dos seus mais insignes militantes: o arquitecto Vasco Morais Soares. Sempre pronto e disponível para o seu partido de sempre, ainda recentemente participou, enquanto Senador, no 27.º congresso, realizado em Lamego", descreve a Distrital do CDS-PP, na sua página oficial da rede social Facebook.

O funeral do arquitecto nascido a 20 de maio de 1940, responsável pelo restauro da Livraria Lello e da nova Igreja de Ramalde, que integrou a Comissão de Toponímia do Porto e era militante do CDS desde 1993, decorre "pelas 14h30, na quinta-feira, na igreja da Trindade", acrescenta.

A distrital lembra que Morais Soares foi, "durante vários anos, deputado da Assembleia Municipal do Porto, pelo CDS-PP, e dirigente da Concelhia".


"Em 2016 foi homenageado, sob a presença da líder do partido, Assunção Cristas, pela CDS Concelhia do Porto", indica ainda a distrital do partido.

Também o portal de notícias da Câmara do Porto noticia a morte de Morais Soares, indicando que o arquitecto foi, em 1995, responsável "pelo restauro da mundialmente conhecida Livraria Lello".

Em 2016, Morais Soares teve a cargo a "recuperação do vitral que cobre o piso nobre do mesmo edifício" da livraria, bem como a "restituição da cor original à sua fachada neogótica, datada de 1906", descreve a autarquia.

Morais Soares foi ainda o autor da nova Igreja de Ramalde, inaugurada em 2002, integrou a Comissão de Toponímia do Porto e, "recentemente, integrou o júri do concurso do Terminal Intermodal" de Campanhã, indica o município.

Nascido no Porto, Vasco Morais Soares "seguiu as pisadas do pai", o arquitecto Mário Cândido Soares, tendo-se formado "em Arquitetura pela Escola Superior de Belas Artes do Porto, em 1971", acrescenta o portal de notícias.

Segundo a autarquia, "no seu percurso profissional, também há registo de obra internacional", já que, "ainda recém-licenciado", Morais Soares "rumou a Angola, onde trabalhou no Gabinete de Obras Públicas de Luanda, até 1975, desenvolvendo projectos de Arquitectura e Urbanismo".

"No regresso a Portugal, ainda esse ano, assumiu o gabinete de arquitectura do pai, entretanto falecido", relembra.

A câmara indica ainda que o arquitecto integrou, entre 1975 e 2000, quatro direcções da Associação de Arquitectos Portugueses, tendo presidido ao Conselho Directivo Regional do Norte (1987-1989) e à Mesa da Assembleia-geral no mandato de 1993-1995.

"Coordenou a revisão estatuária, organizou o referendo à classe relativo à designação de "Ordem" e a votação do seu Estatuto", descreve o município.

Em 2014, no dia Mundial da Arquitectura (6 de Outubro), Vasco Morais Soares foi um dos sete arquitectos portugueses a receber o título de Membro Honorário da Ordem dos Arquitectos", conclui a câmara.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela