Secções
Entrar

Ministro da Educação afirma que "é tempo de recuperar a serenidade" e promete "boa-fé negocial"

Lusa 19 de janeiro de 2023 às 16:49

João Costa interveio no debate de urgência requerido pelo Chega sobre o tema "Greves e reivindicações dos professores".

O ministro da Educação, João Costa, defendeu hoje que "é tempo de recuperar a serenidade" e continuar a negociar com os professores, prometendo a "boa-fé" do Governo para resolver "problemas antigos" da profissão.

António Pedro Santos/LUSA

"O Governo está a resolver problemas antigos dos professores em boa-fé negocial. Integrando sugestões e propostas já recebidas nas reuniões anteriores. Ouvindo a voz e as propostas dos professores, num movimento de aproximação a várias reivindicações", disse o ministro da Educação no plenário da Assembleia da República, onde também prometeu acabar com o problema dos professores "com a casa às costas". 

João Costa falava no debate de urgência requerido pelo Chega sobre o tema "Greves e reivindicações dos professores", depois de ter ouvido críticas de vários partidos.

O governante sublinhou que a "vontade de diálogo e negociação nunca foi interrompida".

"É tempo de recuperar a serenidade, de continuar a negociar e sobretudo de garantir que após dois anos de pandemia as escolas funcionam com normalidade, para que não tenham um terceiro ano letivo com perdas nas aprendizagens", afirmou.

O ministro da Educação garante que o Governo está "em diálogo construtivo, sereno" e comprometido com a resolução dos problemas. 

André Ventura, líder do Chega, acusou o ministro de não estar a negociar, "está a fingir que negoceia". "O senhor não é ministro da Educação, é o servente do ministro das Finanças", considerou. 

Do Bloco de Esquerda, também chegaram críticas como as de Joana Mortágua. "Se o ministro das Finanças disser que não vale a pena gastar nem mais um tostão para salvar a escola pública, pense bem de que lado quer ficar", disse a João Costa. "Há falta de coragem no Governo."

Carla Castro, deputada da Iniciativa Liberal, questionou: "Se estivesse tudo bem, acha que os professores estariam a protestar ao frio?". 

Do PCP, Paula Santos assinalou que "é preciso resolver problemas estruturais" na educação. 

Tiago Estevão Martins, do PS, sublinhou que as greves não podem "ser o divórcio entre sociedade e classe docente". 

Sónia Ramos, do PSD, frisou que os professores estão "cansados, envelhecidos e desmotivados", e que Portugal "não é um país nem para professores nem para alunos".

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela