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MAS estende bandeira LGBT no Martim Moniz para celebrar diversidade

28 de janeiro de 2022 às 18:10

Para Renata Cambra, os partidos que têm maior representação parlamentar estão com medo de a perder e os que querem aumentar essa representação estão animados com essa perspetiva.

O Movimento Alternativa Socialista (MAS) assinalou hoje o último dia de campanha para as legislativas de domingo com o estender de uma bandeira LGBT gigante na praça do Martim Moniz, em Lisboa, para "celebrar a diversidade".

Sem conseguir vencer o frio, mas dispostos a aquecer a campanha, que cumpre hoje o último dia, os elementos do MAS fizeram-se acompanhar de bandeiras Arco-Íris, símbolo do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero) e escolheram o Martim Moniz por ser uma zona frequentada por cidadãos de vários países que escolheram Portugal para viver.

"Viemos ao Martim Moniz estender uma bandeira LGBT gigante porque queríamos acabar a nossa campanha a celebrar a diversidade - e o Martim Moniz é um sítio ótimo para o fazer - e também para mostrar que estamos ao lado do combate a qualquer tipo de opressão", disse à agência Lusa a porta-voz do MAS, Renata Cambra.

Com esta ação, animada com música e palavras de ordem que assinalam o programa eleitoral do movimento, o MAS pretendeu reunir várias das suas bandeiras, a que se juntou hoje a do arco-íris.

"Temos falado de vários temas, como a habitação, a precariedade, a dificuldade no acesso à saúde e sabemos que isso é um problema que afeta a sociedade em geral, mas que na verdade afeta mais duramente as comunidades mais empobrecidas, mais desfavorecidas, em que se inclui a comunidade imigrante, as populações racializadas, mas também, no que toca à comunidade LGBT, por exemplo as pessoas trans, que continuam a ter muita dificuldade no Serviço Nacional de Saúde (SNS) a ter todo o apoio que precisam".

E acrescentou: "Quando falamos sobre a necessidade de combater a especulação imobiliária e criar habitação pública, fazemos de uma perspetiva em que é precisão atender mais rapidamente, e em primeiro lugar, os que estão a sofrer mais com isso".

Sobre a campanha que hoje termina, Renata Cambra mostrou-se otimista e saúde todos os que continuam a enviar mensagens de apoio e a manifestar a intenção de votar no MAS, alguns dos quais a votar pela primeira vez.

Professores, médicos, residentes em populações que lutam contra a exploração mineira são alguns dos exemplos de autores de mensagens de apoio que levam Renata Cambra a pensar que "o MAS fez um bom trabalho".

Em relação aos resultados, a dirigente considera que "é tudo muito incerto e parte disso justifica toda a atividade da campanha, está tudo muito em aberto, as sondagens são muito contraditórias entre si".

Para Renata Cambra, os partidos que têm maior representação parlamentar estão com medo de a perder e os que querem aumentar essa representação estão animados com essa perspetiva.

"É natural que os militantes dos partidos queiram disputar esse espaço, faz parte. O ideal seria que essa atividade se traduzisse numa redução da abstenção", disse.

E deixa uma sugestão aos eleitores: "O voto de protesto contra o PS e contra o caminho nos últimos seis anos não tem necessariamente de ser a abstenção, brancos e nulos ou a [votos] à direita, porque nós somos uma alternativa".

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