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Manifestação do Chega junta mais de uma centena mas com distância da sede do PS

Lusa 13 de maio de 2023 às 16:19

A estrada em frente ao Largo do Rato ficou vazia. André Ventura disse esperar "uma manifestação ordeira e pacífica", apesar de ser descrita como um "cerco".

A manifestação convocada pelo Chega como um cerco à sede nacional do PS, em Lisboa, juntava hoje, perto das 16:00, mais de uma centena de pessoas, mas colocadas a vários metros de distância do edifício.

Tiago Petinga/Lusa

Cerca de vinte agentes da PSP, das equipas de intervenção rápida, acompanhados de várias viaturas, criaram um perímetro de segurança e cortaram a estrada em frente ao largo do Rato, que ficou vazia.

Apesar de afastados da sede do PS e encostados ao muro em frente, as intervenções na concentração do Chega começaram com aplausos às forças de segurança.

Ainda sem a presença do presidente do partido, André Ventura, os manifestantes tentaram fazer um cordão humano no espaço que lhes foi reservado, resultando numa espécie de semicírculo, apesar de o 'speaker' continuar a falar num cerco à sede socialista.

A manifestação estava convocada para as 15.30 e decorre, por enquanto, de forma pacífica, apenas com gritos de Chega e algumas bandeiras.

Quando o presidente do Chega, André Ventura, chegou ao local, faltavam poucos minutos para as 16:00, a agitação aumentou, com gritos: "Direita só há uma, a do Chega e mais nenhuma".

Na quinta-feira, o presidente e deputado do Chega afirmou que o objetivo da manifestação seria "fazer um cerco à sede do PS para mostrar a indignação à forma como tem governado o país". Ventura acrescentou ter-se reunido com as forças policiais e a Câmara Municipal de Lisboa, esperando "uma manifestação ordeira e pacífica".

Nas redes sociais, o partido anunciou a iniciativa como um "cerco ao largo do Rato, contra a corrupção e a impunidade do PS", com fotografias dos ex-governantes José Sócrates e Armando Vara ou do antigo banqueiro Ricardo Salgado e frases como "em Portugal a corrupção tem uma marca" ou "não ao abuso de poder".

O secretário-geral adjunto do PS, João Torres, o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, e o antigo dirigente socialista Francisco Assis já se insurgiram contra este tipo de manifestação, que classificaram como "antidemocrática", "inqualificável" ou "vandalismo institucional", apelando ao repúdio de todos os democratas.

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