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Ikea suspende atividade na Rússia e Bielorrússia e afeta 15.000 funcionários

03 de março de 2022 às 12:46

O grupo interrompeu as exportações e importações na Rússia e Bielorrússia, suspendeu a produção na Rússia e decidiu paralisar ainda as operações de venda.

O grupo sueco de mobiliário e objetos para o lar Ikea anunciou esta quinta-feira a suspensão temporária da sua atividade na Rússia e na Bielorrússia devido à invasão da Ucrânia por Moscovo, uma medida que impacta 15.000 trabalhadores.

"A guerra já teve um impacto humano enorme. Está também a resultar numa grave perturbação da cadeia de distribuição e nas condições para o comércio. Por todas estas razões, os grupos da empresa decidiram suspender temporariamente as operações da Ikea na Rússia", refere o grupo num comunicado divulgado no seu portal.

O documento explica que o grupo interrompeu as exportações e importações na Rússia e Bielorrússia, suspendeu a produção na Rússia e decidiu paralisar ainda as operações de venda.

Ainda assim, os centros comerciais Mega - detidos pelo grupo Ingka, dono da Ikea - "vai continuar aberto para assegurar que muitas pessoas na Rússia tenham acesso aos bens diários necessários, como comida, mercearia e medicamentos".

De acordo com a empresa, estas decisões têm um impacto direto em 15.000 funcionários, com o grupo a assegurar que as suas ambições "são a longo prazo" e que "asseguraram emprego e estabilidade de rendimentos para o futuro imediato".

De igual forma, o grupo refere que a Fundação Ikea anunciou uma doação imediata de 20 milhões de euros em assistência humanitária para os que tenham sido forçados a abandonar as suas casas devido ao conflito na Ucrânia.

"Além disso, o grupo Ikea e o grupo Ingka estão a conceder inicialmente, cada um, 10 milhões de euros para fornecer apoio em produtos e outras assistências ao ACNUR [Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados], à Save The Children e a outras organizações a trabalhar nos mercados locais", conclui a nota.

A Rússia lançou na madrugada há uma semana uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades.

As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e cerca de um milhão de refugiados, segundo a ONU.

O presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

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