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EUA são o quarto principal destino das exportações portuguesas

Lusa 24 de janeiro de 2025 às 08:43

As exportações de bens e serviços para os EUA atingiram os 8,9 mil milhões de euros em 2023, uma subida de 8,2% face ao ano anterior.

As exportações portuguesas para os Estados Unidos têm vindo a aumentar e o país já é o quarto principal cliente, mas o comércio poderá agora encontrar obstáculos com as tarifas aduaneiras que o presidente Donald Trump quer aplicar.

Exportações Importações Comércio contentores

Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o peso dos EUA nas exportações de Portugal passou de 5% em 2019 para 6,8% em 2023, com o país a ocupar a quarta posição entre os principais destinos das exportações portuguesas.

Os números já disponíveis até novembro de 2024 mostram que os Estados Unidos mantêm o lugar na lista dos países clientes de Portugal, ficando atrás de Espanha, França e Alemanha.

As exportações de bens e serviços para os EUA atingiram os 8,9 mil milhões de euros em 2023, como indica um relatório do Gabinete de Estratégia e Estudos, uma subida de 8,2% face ao ano anterior.

Olhando apenas para as exportações de bens, foram 5,23 mil milhões de euros em 2023 e em 2024, até novembro, o número atingia os 4,93 mil milhões.

Na estrutura das exportações de bens para os Estados Unidos, de acordo com os dados referentes a 2023, destacam-se os Produtos Químicos (26,7%), os Combustíveis Minerais (17,9%), as Ma´quinas e Aparelhos (10,2%), os Pla´sticos e Borracha (7,2%) e os Metais Comuns (6,2%).

Entre os produtos de destaque estão os medicamentos, sendo que segundo um balanço da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), com base nos dados do INE, os Estados Unidos são o principal mercado de exportações de saúde portuguesas.

Por outro lado, a quota de Portugal nas importações dos EUA tem vindo a aumentar mas continua residual, situando-se nos 0,21% em 2023. Os Estados Unidos são o 9.º principal país fornecedor de Portugal.

Portugal importa dos EUA produtos como Combustíveis Minerais (56,4% em 2023), as Ma´quinas e Aparelhos (8,4%), os Produtos Agrícolas (7,7%), os Veículos e Outro Material de Transporte (6,5%) e os Produtos Químicos (4,5%).

Na terça-feira o Presidente norte-americano, Donald Trump, disse que os países europeus vão ser sujeitos a tarifas aduaneiras, "a única forma" de os Estados Unidos "serem tratados como devem ser".

"A União Europeia (UE) é muito má para nós. Tratam-nos muito mal. Não aceitam os nossos automóveis nem os nossos produtos agrícolas. De facto, não aceitam muita coisa", disse o Presidente dos Estados Unidos, acrescentando que, por isso, serão alvos de tarifas.

É ainda incerto quais serão os valores aplicados, mas algumas indústrias portuguesas poderão ser afetadas. Do lado do setor automóvel, o diretor-geral para Portugal da Stellantis, Pedro Lazarino, considerou que as tarifas aduaneiras que os EUA pretendem impor a países europeus são uma preocupação, mas sem impacto a curto prazo no setor.

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