Estados Unidos exortam Turquia a parar de comprar armas russas
"Continuamos a deixar isso claro para a Turquia e a dizer-lhe quais serão as consequências se for nessa direção", disse Wendy Sherman, número dois do Departamento de Estado, questionada sobre a viagem de Erdogan à Rússia.
Os Estados Unidos exortaram esta sexta-feira Ancara a deixar de comprar armas russas, evitando a degradação das relações com Washington, após a tensão causada pela compra do sistema de defesa antiaérea russo S-400 pela Turquia.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que se encontrou na quarta-feira com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, pela primeira vez em 18 meses, declarou que abordaram a possibilidade de uma maior cooperação militar.
"Exortámos a Turquia a todos os níveis e em todas as ocasiões a não manter o sistema S-400 e a abster-se de comprar qualquer equipamento militar russo adicional", disse aos jornalistas Wendy Sherman, número dois do Departamento de Estado, questionada sobre a viagem de Erdogan à Rússia.
"Continuamos a deixar isso claro para a Turquia e a dizer-lhe quais serão as consequências se for nessa direção", acrescentou.
A mesma responsável, que está a visitar a Suíça, indicou que o sistema S-400 "não é compatível nem utilizável com os sistemas da NATO".
A Turquia, que é membro da NATO, desafiou os avisos dos Estados Unidos ao adquirir o sistema de defesa antiaérea russo S-400, com a aliança ocidental a recear que esse contrato permita a Moscovo aperfeiçoar as suas aptidões quanto a aviões norte-americanos e de países europeus.
Em resposta, Washington impôs sanções à Turquia e afastou-a em 2019 do programa de aviões de combate F-35, no qual várias empresas turcas estavam envolvidas e graças ao qual Ancara esperava obter até 100 aviões.
Sherman destacou que a relação com a Turquia é importante para os Estados Unidos e sublinhou o acolhimento que foi dado a refugiados sírios e a ajuda oferecida para a gestão do aeroporto internacional de Cabul.
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