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Demitiu-se o responsável pela delegação Norte do INEM depois de polémica com vacinas

30 de janeiro de 2021 às 16:21

Funcionários de uma pastelaria ao lado do INEM no Porto foram considerados prioritários e receberam a vacina.

O responsável pela delegação do Norte do INEM apresentou a demissão depois de ter sido noticiado que o instituto tinha vacinado contra a covid-19 funcionários de uma pastelaria no Porto, confirmou à Lusa fonte do instituto.

Numa declaração à comunicação social, defendeu que "era imoral descartar vacinas", daí ter decidido vacinar 11 funcionários de uma pastelaria.

Segundo noticiou este sábado oCorreio da Manhã, a delegação regional do Norte do INEM incluiu os proprietários e funcionários de uma pastelaria do Porto no grupo de profissionais que foi vacinado na primeira fase do plano de vacinação.

Na quinta-feira, uma denuncia da Associação Nacional de Emergência e Proteção Civil (APROSOC) de que o instituto teria incluído na vacinação contra a covid-19 profissionais não prioritários fez com que INEM viesse negar "todas e quaisquer acusações de favorecimento pessoal" no seu processo de vacinação.

Na altura, em comunicado, o instituto explicou que "solicitou apenas vacinas para os profissionais prioritários, tendo recebido as 1.174 doses de vacina anti-covid-19 Comirnaty® (Pfizer-BioNTech) solicitadas, que foram administradas a todos os profissionais prioritários que manifestaram interesse em ser vacinados".

"Iniciado o processo de vacinação, foram identificados profissionais prioritários que não preenchiam os critérios para poderem receber a primeira dose da vacina, de acordo com as indicações de segurança do fabricante (Pfizer), nomeadamente por apresentarem contraindicações, com diagnóstico ou presença de sintomas indicadores de covid-19, ou que tinham estado doentes com covid-19 há menos de 90 dias", referia a nota.

Na explicação, o INEM acrescentava ainda: "Considerando o tempo reduzido para administração da vacina, que após a descongelação deve ser administrada no prazo máximo de 120 horas, bem como as recomendações da Agência Europeia do Medicamento de que qualquer vacina não utilizada deveria ser descartada após a diluição, acrescido do facto de ser possível extrair seis doses por frasco, e não apenas as cinco doses inicialmente estipuladas (de acordo com as indicações do INFARMED), foi possível administrar as doses sobrantes aos profissionais do INEM que dão suporte à atividade de Emergência Médica, para evitar o desperdício destas".

"Desta forma, para além das 1.174 vacinas solicitadas, foi possível administrar mais 92", acrescentou.

Na mesma resposta, o INEM disse ainda que "os prazos estipulados para administração das vacinas após descongelação e diluição, bem como a logística de todo este processo de vacinação, nomeadamente a exigência de condições de assepsia na sua preparação, não permitiriam a administração destas doses sobrantes a pessoas externas, e em ambientes externos ao INEM".

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