Secções
Entrar

Covid-19: Maioria das empresas contra teletrabalho obrigatório

03 de maio de 2021 às 17:59

A AIP aponta ainda que 15% dos inquiridos rejeita "totalmente o trabalho remoto", depois de um inquérito que teve lugar na última semana de abril e que contou com 1.632 respostas.

A maioria das empresas não concorda com o teletrabalho obrigatório, com 80% das inquiridas pela Associação Industrial Portuguesa (AIP) e afirmarem que só aceitam este regime se for "negociado e acordado entre empresas e trabalhadores", indicou a entidade.

A AIP aponta ainda que 15% dos inquiridos rejeita "totalmente o trabalho remoto", depois de um inquérito que teve lugar na última semana de abril e que contou com 1.632 respostas, lê-se num comunicado divulgado esta segunda-feira.

De acordo com a associação, outra das conclusões é que "87% das empresas recusam qualquer aumento de impostos para financiar o impacto que a pandemia está a provocar nas contas públicas" e 13% acreditam "que, a existir esse esforço fiscal, deveria recair nas grandes empresas digitais".

Por outro lado, 77% das empresas concordam com a continuidade dos diferimentos de quotizações e contribuições em termos fiscais.

As respostas das empresas à AIP apontam também a "manutenção das moratórias, apoio à retoma progressiva e prorrogação do pagamento de impostos" como merecendo "a exigência de 78%, 97% e 77% das empresas nacionais", respetivamente, o que, de acordo com a associação, "demonstra que o tecido empresarial ainda não saiu da fase de resiliência".

Paralelamente, 95% concordam com a continuidade do 'lay-off' simplificado para as empresas sujeitas ao dever de encerramento por decisão do Governo, enquanto 97% estão de acordo com a continuação do apoio extraordinário à retoma progressiva da atividade em sociedades em situação de crise.

De entre as empresas inquiridas, 87% não despediu e 90% não prevê despedir no curto prazo, adiantou a AIP.

Com os resultados do inquérito, a AIP concluiu ainda que "neste momento é escasso o apoio financeiro às empresas", garantindo que "as poucas linhas existentes têm taxas de reprovação e/ou não decisão muito elevadas".

"As linhas de apoio ao investimento que, entretanto, foram tomadas continuam com reduzidas taxas de aprovação" ou ainda "não têm qualquer despacho ou decisão", lamentou a AIP.

Ainda assim, 86% das empresas "quer manter o funcionamento normal" após o final "das moratórias, 'lay-off' e derrogações fiscais", sendo que "apenas 5,7% prevê alterar o modelo de negócios ou mudar de atividade. 96% das empresas não prevê efetuar operações de fusão ou reestruturação", indicou a AIP.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela