Secções
Entrar

Confiança dos consumidores estabiliza e clima económico diminui em agosto

30 de agosto de 2022 às 11:30

A estabilização do indicador de confiança dos consumidores no último mês "resultou do contributo negativo das expectativas relativas à evolução futura da realização de compras importantes por parte das famílias, que foi compensado pelo contributo positivo das restantes componentes: opiniões e expectativas relativas à situação financeira do agregado familiar e perspetivas sobre a evolução futura da situação económica do País".

O indicador de confiança dos consumidores estabilizou em agosto, após ter subido no mês anterior, e o indicador de clima económico diminuiu, depois de ter aumentado em julho, divulgou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo resulta dos 'Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores" do INE, "o indicador de confiança dos consumidores estabilizou em agosto, após ter aumentado no mês anterior, mantendo-se num patamar relativamente estável desde a queda abrupta registada em março, a segunda mais intensa da série, só superada pela de abril de 2020 no início da pandemia".

Quanto ao indicador de clima económico, "diminuiu em agosto, contrariando o aumento registado em julho, afastando-se do nível observado em fevereiro, em que atingiu o máximo desde março de 2019".

Segundo o INE, a estabilização do indicador de confiança dos consumidores no último mês "resultou do contributo negativo das expectativas relativas à evolução futura da realização de compras importantes por parte das famílias, que foi compensado pelo contributo positivo das restantes componentes: opiniões e expectativas relativas à situação financeira do agregado familiar e perspetivas sobre a evolução futura da situação económica do País".

O saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do País aumentou nos últimos dois meses, após ter diminuído em junho, e saldo das perspetivas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar aumentou em agosto, depois de ter diminuído nos dois meses anteriores.

Já o saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços estabilizou em agosto no valor máximo da série, "no seguimento da trajetória acentuadamente ascendente iniciada em março de 2021".

Por sua vez, o saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços diminuiu nos últimos dois meses, retomando a trajetória descendente observada após ter registado em março o maior aumento e o maior valor da série iniciada em setembro de 1997.

De acordo com o INE, "os indicadores de confiança diminuíram no comércio, na indústria transformadora e na construção, de forma mais intensa no último caso, tendo-se verificado um aumento no indicador dos serviços".

Na indústria transformadora, a confiança diminuiu em julho e, "de forma mais intensa", em agosto, recuando para um nível próximo do observado em abril de 2021, refletindo o contributo negativo de todas as componentes, apreciações relativas aos 'stocks' de produtos acabados, opiniões sobre a evolução da procura global e perspetivas de produção, sobretudo no último caso.

"O indicador de confiança diminuiu nos agrupamentos de bens de consumo e de bens intermédios, tendo aumentado no agrupamento de bens de investimento", detalha o INE.

O saldo das apreciações sobre a procura global na indústria transformadora diminuiu em agosto, após ter estabilizado em junho e julho, com as opiniões relativas à procura interna, a deteriorarem-se em agosto, contrariando a recuperação verificada em julho.

Já as apreciações relativas à procura externa, considerando as empresas com produção orientada para o mercado externo, recuperaram ligeiramente em julho e agosto, após a estabilização verificada em junho.

Por seu turno, o indicador de confiança da construção e obras públicas "diminuiu em agosto, retomando o movimento descendente iniciado em fevereiro", refletindo o contributo negativo das duas componentes: apreciações sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego, "mais intenso no último caso".

No setor do comércio, o indicador de confiança diminuiu em julho e agosto, em resultado do contributo negativo das opiniões sobre o volume de vendas e das perspetivas de atividade da empresa, tendo as apreciações sobre o volume de 'stocks' contribuído positivamente.

Em agosto, o indicador de confiança diminuiu no comércio por grosso e aumentou no comércio a retalho.

Quanto ao indicador de confiança nos serviços, aumentou em agosto, após ter diminuído no mês precedente.

O INE explica que "o comportamento do indicador resultou do contributo positivo das opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas e das perspetivas relativas à evolução da procura, tendo as apreciações sobre a atividade da empresa contribuído negativamente".

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela