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Clientes terão de ter cartão bancário para fazer pagamentos de serviços online a partir de janeiro

Lusa 15 de dezembro de 2023 às 12:40

A maioria dos clientes tem cartão bancário, mas podiam escolher não ter. Agora, terão que pagar pelo menos €20 anuais, em média.

Os clientes terão de ter obrigatoriamente cartão bancário para fazer pagamentos de serviços nos canais digitais dos bancos a partir de 1 de janeiro de 2024, segundo as comunicações que os bancos estão a enviar aos seus clientes.

Nas comunicações a que a Lusa teve acesso, os bancos dizem que, por decisão regulamentar, a partir de 1 de janeiro os clientes precisarão de ter um cartão bancário associado à sua conta para poderem fazer operações como pagamento de serviços, pagamentos ao Estado ou carregamentos de telemóveis mesmo nos seus canais digitais ('homebanking').

A maioria dos clientes tem cartão bancário, mas podem escolher não ter, mantendo a possibilidade de fazer operações (nomeadamente nos canais digitais). Muitas vezes acontece o mesmo cliente ter duas contas bancários e em uma dessas não ter cartão bancário.

Contudo, a partir de janeiro para fazer operações Multibanco como pagamento de serviços (em causa não estão operações como transferências, por exemplo) terão de ter sempre um cartão (de débito ou de crédito) associado à conta.

Em geral, ter um cartão implica o pagamento de comissões ao banco pelo cliente. Um cartão de débito custa, em média, cerca de 20 euros anuais.

Esta decisão foi tomada pela SIBS (gestora do Multibanco) que, segundo explicou, alterou as condições da operações "em conformidade com evolução da regulamentação Europeia e em cumprimento de Determinação Específica do Banco de Portugal em 2022 à SIBS FPS".

Segundo a SIBS, apenas em "situações muito pontuais poderá ser necessária a associação de um novo cartão, real ou virtual, dependendo da oferta do Prestador de Serviços de Pagamento/Instituição Financeira".

A SIBS é detida pela maioria dos principais bancos que operam em Portugal, sendo os principais acionistas BCP, Caixa Geral de Depósitos, Santander Totta e BPI.

A Lusa contactou o Banco de Portugal mas ainda não obteve mais informações.

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