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Cerco ao suspeito de matar presidente de seguradora em Nova Iorque "está a apertar-se"

Lusa 08 de dezembro de 2024 às 13:08

Perto da cena do crime, foi encontrado um telemóvel, assim como uma garrafa de água da qual foram retirados vestígios de ADN.

O presidente da Câmara de Nova Iorque disse hoje que, após quatro dias de investigação, "o cerco está a apertar-se" em torno do suspeito do assassinato no meio da rua do presidente de uma seguradora de saúde americana.

REUTERS/Mike Segar

De acordo com o 'mayor' de Nova Iorque, Eric Adams, os detetives sabem o nome do suspeito, que está fugido desde que abateu a tiro, na quarta-feira, Brian Thompson, presidente executivo da UnitedHealthCare, em frente a um hotel em Manhattan, Nova Iorque.

A polícia divulgou, na quinta-feira, imagens que mostram o rosto do suposto atirador, apelando ao depoimento de testemunhas do crime.

As fotos foram tiradas de câmaras de vigilância de um albergue da juventude onde, segundo os investigadores, o atirador se teria alojado.

O suspeito foi visto na quarta-feira após o homicídio, através de câmaras de videovigilância, a entrar numa estação rodoviária de Manhattan, sem que a sua saída do alojamento tivesse sido notada, confirmou um porta-voz da polícia à AFP.

Eric Adams, que é também um ex-agente da polícia de Nova Iorque, elogiou hoje a forma como os investigadores "foram capazes de recriar os passos" do suspeito para reunir provas.

Perto da cena do crime, foi encontrado um telemóvel, assim como uma garrafa de água da qual foram retirados vestígios de ADN.

No Central Parque, por onde o suspeito teria passado antes de chegar à estação, foi encontrada um saco.

"O cerco está a fechar-se, vamos levar essa pessoa à justiça", disse o autarca, citado peloNew York Post.

O FBI está a ajudar a polícia de Nova Iorque nas buscas e ofereceu uma recompensa de 50 mil dólares por informações que levassem à captura do suspeito.

As imagens de videovigilância mostram Brian Thompson a caminhar, às 06:45 de quarta-feira em direção à entrada de um hotel onde seria realizada uma conferência de investidores, quando um homem encapuzado e armado disparou sobre ele.

O presidente executivo da UnitedHealthCare desmaiou e foi declarado morto no hospital, 30 minutos depois.

Segundo a polícia, o suspeito esperava por ele, depois fugiu a pé e de bicicleta elétrica, antes de desaparecer no pulmão verde de Manhattan, que desde então está sob escrutínio.

O motivo do crime ainda não foi revelado pelas autoridades, mas os investigadores encontraram no local cápsulas de balas gravadas com as palavras "atrasar" e "negar" (recusar), disse o New York Times, referindo-se às práticas das companhias de seguros de saúde que rejeitam pedidos de reembolso e de assistência.

A UnitedHealthCare fornece serviços de seguro de saúde para mais de 50 milhões de americanos, tem 440 mil funcionários e gerou 371 mil milhões de dólares em receitas, em 2023.

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