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Boeing que teve problemas em pleno voo não tinha quatro parafusos

Lusa 07 de fevereiro de 2024 às 09:40

É o que indica o relatório preliminar divulgado hoje pela agência norte-americana responsável pela segurança dos transportes. Levava 117 pessoas a bordo.

O avião Boeing 737 Max 9 da Alaska Airlines que teve problemas durante o voo tinha em falta quatro parafusos, de acordo com um relatório preliminar divulgado hoje pela agência norte-americana responsável pela segurança dos transportes (NTSB).

NTSB/Handout via REUTERS

De acordo com a NTSB, faltavam quatro parafusos na aeronave que, logo após a descolagem, em 5 de janeiro, enquanto voava com 117 pessoas a bordo a uma altitude de aproximadamente 4.876 metros, perdeu uma porta, o que fez com que a aeronave tivesse que aterrar de emergência após descolar em Portland (Oregon).

Esta porta servia para bloquear uma saída e não se destinava a ser aberta, pois este modelo já possui saídas de emergência suficientes nesta configuração.

O painel não tinha quatro parafusos instalados porque aparentemente não tinham sido substituídos na fábrica da Boeing em Renton, no Estado de Washington, concluiu esta agência federal, encarregada de investigar acidentes de transporte.

O relatório não detalha quem removeu os parafusos e qual parte da empresa foi responsável por substituí-los.

Como prova da situação em que se encontrava o painel, a NTSB forneceu uma fotografia do mesmo, na qual se pode observar a ausência de três dos quatro parafusos. A área onde o quarto parafuso deveria estar aparece coberta.

Devido ao incidente com o avião da Alaska Airlines, a Administração Federal da Aviação dos Estados Unidos (FAA) ordenou a imobilização de todos os Boeing 737.

A FAA já se tinha comprometido há cinco anos a aumentar a supervisão daquele fabricante de aeronaves, depois de dois acidentes mortais em que também estiveram envolvidos aviões Boeing Max.

Neste contexto, o fabricante aeronáutico norte-americano acumula cinco anos de prejuízos, primeiro devido à crise do 737 Max e depois devido à crise económica derivada da pandemia de covid-19, à qual se juntou recentemente o 'sobressalto' com o 737 Max 9.

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