Secções
Entrar

BE e PCP abstêm-se e eliminam extra do imposto sobre combustíveis

21 de junho de 2018 às 17:52

Projecto do CDS-PP foi aprovado no Parlamento.

O parlamento aprovou hoje o projecto do CDS que prevê o fim do adicional ao Imposto sobre os Combustíveis (ISP).

1 de 4
Combustíveis descem na próxima semana
Foto: Sábado
Sobe o preço dos combustíveis
Foto: Sábado
Foto: Cofina Media
Foto: LUSA / NUNO VEIGA

O diploma teve os votos favoráveis do CDS-PP, PSD e PAN, voto contra do PS e a abstenção do PCP, BE e PEV.

Os projectos de lei do PCP e do BE sobre o mesmo tema foram chumbados, ambos com o voto contra do PS, a abstenção do PSD e CDS e os votos favoráveis do PCP, BE, PEV e PAN.

Já os projectos de resolução do PSD e do PCP foram aprovados.

O texto dos sociais-democratas teve o voto contra do PS, a abstenção do BE e os votos favoráveis das restantes bancadas -- PSD, CDS, PCP, PEV e PAN.

O projecto de resolução do PCP recolheu os votos contra do PS, a abstenção do deputado Paulo Trigo Pereira, do PS, e os votos do PSD, CDS, PCP, BE, PEV e PAN.

Os projectos de resolução não têm força de lei e servem, na maioria das vezes, para fazer recomendações ao Governo, como é este caso.

Esta votação não implica a entrada em vigor da lei. Depois da votação na generalidade, segue-se o trabalho na especialidade, na comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, antes de voltar da votação final global no plenário da Assembleia da República.

Governo manifestou disponibilidade para discutir impostos sobre combustíveis no OE2019 
O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendes, reiterou hoje a disponibilidade do Governo para discutir o adicional ao imposto sobre produtos petrolíferos (ISP) no Orçamento do Estado para 2019.

"Estamos disponíveis para debater a fiscalidade da energia no quadro do Orçamento do Estado", declarou o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais no parlamento, durante a discussão de iniciativas para o fim do adicional ao ISP, que partiu de um agendamento do CDS.

António Mendes insistiu que esta matéria não pode ser desligada da sustentabilidade das contas públicas e ambiental, argumentando que reduzir aquela receita fiscal não assegura uma diminuição do preço de venda ao público.

O deputado do PSD António Leitão Amaro reagiu ao "papão" acenado por António Mendes de ameaça à sustentabilidade das contas públicas e sublinhou: "O senhor secretário de Estado sabe que aquilo que nós estamos a propor é que seja devolvido aos portugueses aquilo que os senhores em 2018 estão a cobrar a mais em ISP e IVA do que inscreveram no Orçamento".

"É a exacta medida em ISP e IVA a mais que estão a cobrar face ao previsto, face aquilo que estava nas vossas contas. Cumpram a neutralidade", desafiou.

Na resposta, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais afirmou que "o ISP está a aumentar este ano 2,2% face aquilo que estava projectado, um valor de 29 milhões de euros no total da receita fiscal".

"É este o desvio face aquilo que estava orçamentado, 29 milhões de euros", disse.

O deputado do PCP Bruno Dias argumentou que o Governo tem de "esclarecer melhor a opção de tornar definitivo o que inicialmente não foi apresentado como tal".

Bruno Dias recordou uma resolução aprovada pela Assembleia da República, por proposta dos comunistas, com medidas para o sector que não foram aplicadas, como o gasóleo profissional para o sector do táxi.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela