A Influencer vai nua mas não vai sozinha
Não é possível condenar convictamente um alegado abuso e, ao mesmo tempo, quem nos permitiu ter conhecimento desse abuso.
Não é possível condenar convictamente um alegado abuso e, ao mesmo tempo, quem nos permitiu ter conhecimento desse abuso.
A defesa de António Costa pediu esta quarta-feira, mais uma vez, que o MP clarifique as escutas feitas ao ex-primeiro-ministro e esclareça a fuga de informação de um processo que está em segredo de justiça.
São perto de 50 as comunicações de António Costa intercetadas. O ex-presidente do Supremo alertou para riscos de escrutínio da ação política pela justiça, mas outra decisão deste tribunal validou a manutenção das conversas num processo que escutou mais de 20 pessoas, apanhando na rede desabafos, cunhas, a gestão do governo e do PS.
Líder do PS pede esclarecimentos "cabais" da PGR e o apuramento de responsabilidades.
Presidente admite que todos os portugueses "querem saber o que se passou".
A PGR refere que escuta não foi validada "por razões técnicas diversas".
Em causa estão contactos entre Costa e os arguidos João Galamba, Lacerda Machado e Matos Fernandes.
Num dia, o PGR disse que a investigação ao megaprocesso estava pendente por um recurso. Noutro, a Relação de Lisboa desmentiu-o. O dirigente sindical Paulo Lona aponta para a falta de oficiais de justiça, que notifiquem de forma célere, e para a urgência do avanço tecnológico.
Amadeu Guerra garantiu que o MP estava dependente na Operação Influencer de um recurso interposto pelos arguidos, alegadamente, em apreciação no Tribunal da Relação de Lisboa.
No dia 07 de novembro de 2023, foram detidas e posteriormente libertadas no âmbito da Operação Influencer cinco pessoas, incluindo o chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária.
No último ano, os arguidos dizem que pouco ou nada souberam sobre o processo que em novembro de 2023 foi o princípio do fim da maioria absoluta do PS. O centro de dados Start Campus, em Sines, é um sucesso que voltou a atrair os políticos. Já Afonso Salema, o seu fundador, relança-se lá fora e sente o peso reputacional cá dentro. Todos seguem com a sua vida, enquanto aguardam pela Justiça.
O primeiro-ministro recusou, contudo, especificar quais os documentos que lhe foram solicitados.
António Costa foi ouvido como testemunha.
Pen-drive encontrada no gabinete do chefe de gabinete do então primeiro-ministro tinha dados da Segurança Social de diversas entidades e pessoas que exercem funções públicas
O advogado Tiago Rodrigues Bastos já recorreu para o Tribunal da Relação de Lisboa da decisão do Tribunal Central de Instrução Criminal.