
Espiões, descarados e estrelas
A Rússia de Vladimir Putin inaugurou uma nova forma de espionagem: o ativo descoberto passa a protagonista político, modelo, medalhado ou influencer.
A Rússia de Vladimir Putin inaugurou uma nova forma de espionagem: o ativo descoberto passa a protagonista político, modelo, medalhado ou influencer.
Um ano depois da morte de Yevgueny Prigozhin, dois jornalistas russos traçam o percurso do dinheiro, da corrupção do Kremlin e das ambições de Putin para explicar o sucesso do exército privado mais famoso do mundo.
Foi detetada pela primeira vez em 2016 depois de vários diplomatas dos Estados Unidos destacados na capital de Cuba relatarem ruídos seguidos de uma sensação de pressão na cabeça, enxaquecas, tonturas e lapsos de memória.
O jornalista de investigação Mark Hollingsworth conta como o KGB conseguiu, com sucesso e recurso a “agentes de influência”, manipular e espiar as democracias. Putin herdou essa tradição, mas a espionagem degradou-se com ele – e explica porquê.
Haverá um fio condutor em vários incidentes de sabotagem na infraestrutura crítica da Europa, desde que começou a invasão da Ucrânia, em 2014? Está em curso uma guerra clandestina?
As investigações do búlgaro atingem Moscovo onde mais dói: identificou quem envenenou Navalny e os Skripal, quem aponta os alvos dos mísseis na Ucrânia, quem abateu o voo MH17. Foram sempre agentes russos - mas ele deu-lhes nome e cara. Tornou-se o maior desmancha-prazeres dos serviços secretos de Putin.
Maria Adela sediou-se em Nápoles entre 2009 e 2018. Investigação jornalística ligou-a ao grupo de agentes secretos rurssos GRU. Há quatro anos que voltou para a Rússia e parece ter desaparecido do mapa.
As “armas letais vertidas em ampolas”, que servem para eliminar os inconvenientes, estão no centro da trama de O Veneno Perfeito, de Sergei Lebedev.
Anatoli Tchubais, antigo representante especial do Kremlin, foi diagnosticado com uma rara doença neurológica.
O ex-representante especial do presidente Putin estava na Sardenha, quando foi afligido por uma "súbita paralisação das mãos e das pernas". Fugiu da Rússia depois da invasão da Ucrânia, a 24 de fevereiro.
Andrey Averyanov encontrou-se na capital portuguesa com um alegado operacional do ataque a um paiol de munições na República Checa, dias depois.
O general de 61 anos, tido como responsável pelo envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal, foi instituído numa purga de Putin aos serviços secretos depois dos erros da invasão.
Em 2015, Boris Nemtsov foi morto a tiro e a vida da filha mudou para sempre. Falou com a SÁBADO em Lisboa. “A minha mãe não se sente confortável por ser cidadã russa. Eu também não.”
O presidente da Polónia e o secretário-geral da NATO acreditam que a Rússia possa usar armas químicas durante a guerra. Para Andrzej Duda, seria um "ponto de viragem".
Empresário multimilionário russo Roman Abramovich ainda não foi contactado no âmbito dos inquéritos abertos ao processo de obtenção da nacionalidade portuguesa.
O presidente russo foi montando as peças que lhe permitem hoje controlar, vigiar, prender, exilar ou ilegalizar o que quer e quem quer. Da polícia às leis, o aparelho de opressão tornou-se mais pesado nos últimos anos, e sobretudo meses. Até às eleições de setembro, "a repressão vai piorar", acredita José Milhazes.