Projeto de vigilância da gravidez prevê um enfermeiro para 75 grávidas
A partir do próximo ano, os cuidados de saúde primários da Península de Setúbal, e da área Amadora-Sintra vão receber um projeto-piloto.
A partir do próximo ano, os cuidados de saúde primários da Península de Setúbal, e da área Amadora-Sintra vão receber um projeto-piloto.
A Ordem refere que a sua proposta assenta no respeito rigoroso pelas competências de cada profissão e coloca o médico de família no centro das equipas multidisciplinares.
A proposta de acompanhamento de grávidas de baixo risco é toda ela uma linha vermelha para a Ordem dos Enfermeiros. "Não há divergência" com Ordem dos Médicos, que, no entanto, traça a sua linha mais adiante.
Ana Rita Cavaco, ex-bastonária da Ordem dos Enfermeiros, reagiu com ironia à notícia de que a Ordem dos Médicos deu luz verde para que grávidas de baixo risco possam ser seguidas por enfermeiros especialistas nos centros de saúde, onde não têm médico de família. "Há anos que no SNS os enfermeiros fazem 80 a 90% dos partos normais", explica.
Nos centros de saúde onde não tenham médico de família.
Num parecer, o Colégio de Medicina Geral e Familiar (MGF) manifesta preocupação com a proposta que prevê a vigilância de grávidas sem médico de família por Enfermeiros Especialistas em Saúde Materna e Obstétrica (EESMO).
A posição surge depois de o Presidente norte-americano ter sugerido que o aumento do autismo no país pode ter como causa o uso do analgésico paracetamol em grávidas e a vacinação, sem apresentar provas científicas.
Presidente dos EUA aconselha grávidas a não tomarem paracetamol e anuncia medicamento para tratar certas condições associadas ao autismo.
A prioridade será proteger as mulheres grávidas ou lactantes, adiantou Jeremy Lewin, alto responsável do Departamento de Estado.
"Não podemos continuar a assistir a grávidas que andam de terra em terra para dar à luz", garante o líder do PS. Sobre o caso da grávida que teve o filho na rua, no Carregado, diz que esse é um cenário de terceiro mundo, não de um país europeu.
Urgências fechadas, gravidezes de risco sem vigilância, quem consegue pagar faz ecografia – quem não pode, é abandonada à sua sorte. Um raio-X da Obstetrícia em Portugal.
Corriam risco de vida, mas arriscaram tudo para fugir de Angola. Conheça as dificuldades que as grávidas enfrentam no SNS e ainda a vida do selecionador de ciclismo
"São situações completamente imprevisíveis e às quais está associada uma elevada mortalidade em todo mundo. Foi o que aconteceu", diz Comissão Nacional de Saúde da Mulher.
Uma grávida perdeu o bebé após passar por vários hospitais. Sentia dores intensas e peso abdominal. Nem sempre estes sintomas são verdadeiros sinais de alerta, mas é essencial que as grávidas sejam vigiadas de perto neste período, dizem os especialistas.
A ginecologista e obstetra Maria Manuel Sampaio lançou um livro, que é um guia prático para responder às questões das grávidas, que surgem dos medos que sentem e que resultam dos imensos mitos que existem.
Para Joana Amaral Dias, "o fecho das urgências, a diminuição dos centros de saúde e o aumento das grávidas estrangeiras, são três causas que estão provavelmente na origem" do aumento da mortalidade infantil.